Europa

Definição

Joshua J. Mark
por , traduzido por Lucas de Oliveira
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Prominent Cities of Europe from Antiquity to the Present (by Simeon Netchev, CC BY-NC-ND)
Cidades proeminentes da Europa desde a Antiguidade até ao presente
Simeon Netchev (CC BY-NC-ND)

A Europa é um continente que forma a parte mais ocidental da massa terrestre da Eurásia e é composta por 49 estados soberanos. Seu nome pode ter origem no mito grego de Europa, mas a habitação humana na região é anterior a essa história, remontando a mais de 150.000 anos. É o berço da civilização ocidental e do conceito moderno de Estado.

Os estudiosos geralmente se referem à Europa como uma península limitada pelo Oceano Ártico (norte), Mar Mediterrâneo (sul) e Oceano Atlântico (oeste), com a Ásia na sua fronteira oriental. Os países europeus modernos são geralmente classificados de acordo com os pontos cardeais e incluem:

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Norte da Europa

  • Dinamarca (incluindo Ilhas Faroé e Gronelândia)
  • Estônia
  • Finlândia
  • Islândia
  • Irlanda
  • Letônia
  • Lituânia
  • Noruega
  • Suécia
  • Reino Unido (incluindo Inglaterra, Irlanda do Norte, Escócia e País de Gales)

Sul da Europa

  • Albânia
  • Andorra
  • Bósnia e Herzegovina
  • Croácia
  • Chipre
  • Gibraltar (parte do Reino Unido)
  • Grécia
  • Itália
  • Kosovo
  • Macedônia do Norte
  • Malta
  • Mônaco
  • Montenegro
  • Portugal
  • San Marino
  • Sérvia
  • Eslovênia
  • Espanha
  • Turquia (a oeste do Bósforo)
  • Cidade do Vaticano

Leste da Europa

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  • Bielorrússia
  • Bulgária
  • República Tcheca
  • Hungria
  • Cazaquistão
  • Moldávia
  • Polônia
  • Romênia
  • Rússia (a oeste dos Montes Urais)
  • Eslováquia
  • Ucrânia

Oeste da Europa

  • Áustria
  • Bélgica
  • França
  • Alemanha
  • Liechtenstein
  • Luxemburgo
  • Países Baixos
  • Suíça

Desde os primeiros hominídeos que surgiram na região há mais de 1 milhão de anos, a população se espalhou, desenvolvendo diversas culturas desde o período pré-histórico até a era clássica, a antiguidade tardia, a Idade Média, o início da era moderna e a era moderna.

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Pré-história

Evidências arqueológicas situam o Homo erectus na Europa há cerca de 600.000 anos, durante o Paleolítico Inferior, e os neandertais há cerca de 150.000 anos, durante o Paleolítico Médio. Embora os neandertais tenham sido rotineiramente menosprezados no passado como brutos, eles realmente desenvolveram uma cultura impressionante que incluía arte nas cavernas, objetos funerários (sugerindo uma crença na vida após a morte), indústria de fabricação de ferramentas de pedra e lareiras, têxteis (roupas, mantos e cobertores), barcos, comércio local e de longa distância, uso do fogo e desenvolvimento da música.

O Homo sapiens chegou à Europa & substituiu os neandertais há cerca de 50.000 anos, durante o período paleolítico superior.

O Homo sapiens chegou à Europa e substituiu os neandertais há cerca de 50.000 anos, durante o período paleolítico superior. Eles continuaram a usar cavernas como abrigos comunitários, como faziam os neandertais, e criaram as impressionantes pinturas nas paredes da Caverna de Chauvet (datada de cerca de 32.000 anos atrás) e da Caverna de Lascaux (datada de cerca de 20.000 anos atrás), ambas localizadas na França moderna. Nessa época, os cães já haviam sido domesticados (há cerca de 32.000 anos), antes da Primeira Revolução Agrícola, por volta de 10.000 a.C.. A criação de animais e os avanços na agricultura levaram ao surgimento de assentamentos semipermanentes e, depois, permanentes, à medida que as pessoas deixavam o estilo de vida de caçadores-coletores.

Durante o Neolítico Médio, foram construídos megálitos, provavelmente para fins religiosos, sugerindo comunidades muito unidas que podiam reunir uma força de trabalho significativa. Entre os sítios megalíticos mais antigos estão as Pedras de Carnac, na Bretanha, datadas de cerca de 4500 a.C, e entre os túmulos megalíticos mais antigos está Poulnabrone, na Irlanda, datado de cerca de 4200 a.C. O sítio megalítico mais famoso é Stonehenge, em Wiltshire, Inglaterra, datado entre 3000 e 2400 a.C., mas muitos outros sítios são mais antigos, incluindo Newgrange, na Irlanda (3200 a.C.), Ness de Brodgar, na Escócia (cerca de 3500 a.C.), ou o Complexo do Templo de Mnajdra, em Malta, datado de cerca de 3600 a.C..

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O exemplo mais famoso do tipo de comunidade neolítica que teria construído esses templos, tumbas e monumentos é Skara Brae, em Orkney, na Escócia, datado entre 3100 e 2500 a.C. Os antigos celtas surgiram na região do alto Danúbio, na Europa, por volta de 1400 a.C.. A cultura celta do campo de urnas floresceu por volta de 1300 a.C., seguida pela cultura de Hallstatt e pela cultura de La Tène (respectivamente, de 1200 a 450 a.C. e de 450 a.C. a 50 d.C.). Não se sabe como os povos da região, os celtas ou aqueles que vieram antes deles, se referiam à sua terra.

Map of the Iron Age La Tène Culture c.400 BCE - c.50 CE
Mapa da cultura La Tène da Idade do Ferro, cerca de 400 a.C. - cerca de 50 d.C.
Simeon Netchev (CC BY-NC-ND)

Nome e Colonização Grega

A primeira aparição da palavra Europa para nomear o continente vem da Grécia no século VI a.C., mas não se sabe ao certo quando o termo foi usado pela primeira vez. O nome pode derivar do mito de Europa (conhecido no século VIII a.C., quando é mencionado na Ilíada de Homero), no qual a princesa fenícia é raptada por Zeus, rei dos deuses gregos, que, na forma de um touro, a leva para Creta, onde ela se torna rainha da primeira civilização europeia: a minoica, que floresceu entre 2000 e 1500 a.C. e, segundo alguns estudiosos, criou a primeira língua escrita europeia.

No entanto, essa afirmação sobre o nome da Europa tem sido contestada desde a época de Heródoto até hoje. Heródoto escreve:

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Quanto à Europa, não só ninguém sabe se ela
é cercada por água, como também a origem do
seu nome é incerta (assim como a identidade
do homem que lhe deu esse nome), a menos
que digamos que ela recebeu o nome de Europa, de Tiro, e que, antes dela, o continente era tão desconhecido quanto os outros continentes. Mas é claro que Europa veio da Ásia e nunca visitou a massa continental que os gregos agora chamam de Europa; suas viagens se limitaram a ir da Fenícia a Creta.
(Livro IV.45)

Hoje, o debate sobre a origem do nome continua. As teorias incluem uma origem grega que significa “olhar amplo”, em referência à amplitude da costa vista do mar, ou uma origem fenícia para o nome, que significa “noite”, como o lugar onde o sol se põe. A Europa era bem conhecida dos fenícios, que navegavam regularmente até o norte da Cornualha, na Grã-Bretanha, para comercializar estanho, mas eles só conheciam os portos ao longo da costa, nada do interior e, de acordo com escritores gregos, a Europa era vista como um “continente escuro” e misterioso.

Europa & Zeus
Europa & Zeus
Carole Raddato (CC BY-SA)

A civilização minoica, assim como os fenícios, era um povo marítimo com contatos comerciais em todo o Mediterrâneo. Os minoicos competiam com a civilização micênica (cerca de 1700-1100 a.C.) no comércio, e artefatos minoicos e micênicos foram descobertos na Anatólia, Egito, Chipre, Levante, Mesopotâmia e Sicília, entre outros lugares. Os gregos arcaicos (cerca de 800-480 a.C.) continuaram a seguir essas rotas comerciais, mas foram mais longe e estabeleceram colônias do sul da Itália à Anatólia, em direção ao Mar Negro. Entre elas estava a colônia de Massalia (atual Marselha, França), local de nascimento do geógrafo Piteas (por volta de 350 a.C.), que teria produzido a obra Sobre o Oceano: a famosa viagem de Piteas explorando a Europa por volta de 325 a.C..

A obra de Píteas, que detalha suas viagens à Grã-Bretanha, à costa nordeste da Europa e, possivelmente, à Islândia e ao Oceano Ártico, entre outras áreas, não sobreviveu, a não ser por referências e passagens nas obras de escritores posteriores, mas não parece que ele tenha explorado o interior da Europa, apenas a costa. Para colocar a história europeia em uma perspectiva global, por volta de 325 a.C., a Civilização do Vale do Indo já havia surgido e desaparecido, os sumérios da Mesopotâmia e o Império Assírio haviam surgido e desaparecido, o Império Persa já havia caído nas mãos de Alexandre, o Grande, e o Egito estava no final de seu Período Tardio, com suas maiores conquistas já no passado. As pirâmides de Gizé já tinham mais de 2.000 anos na época da viagem de Piteas, e a cultura chinesa já estava estabelecida há mais de 4.000 anos.

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A colonização grega espalhou a cultura e os valores helenísticos, estabelecendo conceitos como a democracia ateniense, que formaram a base da civilização ocidental. Os assentamentos permanentes aumentaram o comércio, o que levou ao surgimento de mais vilas, cidades e portos. Mas, novamente, essas comunidades estavam localizadas ao longo da costa. O interior era desconhecido para o mundo mediterrâneo até a ascensão dos romanos.

Expansão Romana

Roma era um pequeno porto às margens do rio Tibre, fundado em 753 a.C., que inicialmente se expandiu através do comércio e entrou em contato com as colônias gregas ao sul, ao longo da costa da Itália moderna. A civilização etrusca, ao norte, e os gregos do sul influenciaram significativamente a cultura e a civilização romanas primitivas. Roma se desenvolveu entre os séculos VIII e VI a.C., depôs seu último rei em 509 a.C., e fundou a República Romana no mesmo ano. Nessa época, os romanos já haviam se estabelecido firmemente por meio de outras colônias na Itália, mas se expandiram ainda mais durante as Guerras Púnicas (264-146 a.C.), após as quais controlaram as regiões da Espanha, Portugal e Gália (atual Bélgica e França), entre outras. Júlio César invadiu a Grã-Bretanha em 55 e 54 a.C., mas não estabeleceu presença permanente lá.

Map of the Expansion of the Roman Republic (c. 260 - 30 BCE)
Expansão Territorial da República Romana (c. 260 - 30 a.C.)
Simeon Netchev (CC BY-NC-ND)

A República Romana tornou-se o Império Romano sob Augusto em 27 a.C., e sob o imperador romano Cláudio, a Grã-Bretanha foi conquistada, a partir de 43 d.C. Nessa época, o interior de regiões como Espanha e Gália era bem conhecido pelos romanos, que estabeleceram vilas, portos, cidades, locais religiosos, banhos públicos, aquedutos e construíram estradas romanas em todos os seus territórios, como fizeram em outros lugares. Eles seguiram com essa mesma política na Grã-Bretanha Romana e, embora tenham encontrado resistência considerável — especialmente dos pictos da atual Escócia e da rainha icena Boudicca, que liderou uma grande revolta contra Roma em 60/61 d.C. —, tornaram a Grã-Bretanha uma província do império e a mantiveram até 410.

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A expansão romana pela Europa uniu regiões anteriormente separadas por meio do comércio e de uma base cultural comum. O Império Romano Ocidental estava em declínio, mas o Império Romano Oriental (Império Bizantino), com capital em Constantinopla, permaneceu estável mesmo durante a chamada Era das Migrações, quando os ávaros, búlgaros, godos – ostrogodos e visigodos –, hunos, vândalos e outros povos se deslocaram pela Europa.

Migration Period in Europe During the 4th & 5th Century
Período de migração na Europa durante os séculos IV e V
Simeon Netchev (CC BY-NC-ND)

O cristianismo foi introduzido na região através das epístolas e do trabalho missionário do apóstolo São Paulo na Grécia no século I e foi legitimado em 313 pelo imperador Constantino I através do seu Édito de Milão, decretando a tolerância religiosa. Após a conversão de Constantino ao cristianismo, a nova fé acabaria por substituir as antigas religiões pagãs da Europa e proporcionaria uma maior unidade cultural por meio de um movimento religioso comum, especialmente após o Concílio de Nicéia de 325 ter estabelecido a visão ortodoxa.

Ascensão do Estado, da Igreja e dos Vikings

Na Alta Idade Média e na Baixa Idade Média, os Reinos Europeus tinham-se tornado, mais ou menos, países com um governo central.

Quando o Império Romano Ocidental caiu em 476, o cristianismo já estava bem estabelecido na Europa. Reis como Odoacro da Itália (476-493) e Teodorico, o Grande (493-526), considerados reis cristãos, assim como Clóvis I dos francos (481-511) e Alboino dos lombardos (560-572). Após a queda do Império Romano Ocidental, surgiram líderes como esses, que, por meio de campanhas militares e tratados, estabeleceram reinos durante a Idade Média Inicial (476-1000) que se desenvolveriam em estados durante a Idade Média Alta (1000-1300) e a Idade Média Tardia (1300-1500), até que os reinos europeus se tornassem, mais ou menos, países com um governo central. Esses reis e seus súditos aderiram à visão da Igreja Católica Romana, que se separou da Igreja Ortodoxa Oriental no Grande Cisma de 1054.

A Igreja medieval era vista como representante de Deus na Terra e influenciava a vida das pessoas na Europa. Mesmo que a maioria das pessoas não entendesse latim, a língua da Igreja, e nem sempre respeitasse o padre da paróquia, a maioria reconhecia sua autoridade como o único caminho para a redenção e a vida eterna no céu. Aqueles que não se conformavam eram considerados condenados a passar a eternidade no inferno ou um certo tempo no purgatório, onde seus pecados eram queimados por meio de várias torturas. Algumas pessoas rejeitaram a visão da Igreja, no entanto, e foram rotuladas como hereges e perseguidas pela Igreja, começando pelos paulicianos nos séculos VII-IX.

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A Igreja incentivou a unidade cultural e religiosa por meio dessas perseguições, deixando claro que havia apenas uma fé verdadeira que todas as pessoas deveriam seguir. Após o surgimento do islamismo no século VII, a Igreja — e os monarcas cristãos europeus — encontraram outro “inimigo da fé” para unificar os crentes, e essa política ganhou ainda mais força após a Batalha de Poitiers em 732, na qual os francos conseguiram impedir uma invasão muçulmana na Europa.

Battle of Tours, 732
Batalha de Tours, 732
Charles de Steuben (Public Domain)

Carlos Magno (rei dos francos entre 768 e 814 e imperador do Sacro Império Romano entre 800 e 814) se tornou o defensor da Igreja, unificando os francos e os lombardos em 774 e suprimindo o paganismo europeu por meio das Guerras Saxônicas (772-804). As ordens monásticas da Idade Média desenvolveram-se ainda mais sob Carlos Magno, e o mosteiro medieval se tornou um importante centro de aprendizagem e cultura, copiando e preservando obras escritas, ao mesmo tempo, em que produzia os famosos manuscritos iluminados da Europa. Uma grande ameaça aos mosteiros, especialmente aqueles ao longo da costa, começou em 793 com os ataques vikings na Grã-Bretanha, França, Irlanda e outros lugares, continuando até o reinado de Alfredo, o Grande, rei de Wessex (871-899), famoso por suas vitórias sobre os vikings, bem como por incentivar a alfabetização na Grã-Bretanha.

Os vikings colonizaram partes da Grã-Bretanha e da França, alguns se convertendo ao cristianismo e contribuindo para o desenvolvimento cultural, enquanto outros continuaram suas campanhas militares até 1066, quando o líder viking Harald Hardrada foi derrotado na Batalha de Stamford Bridge, encerrando a Era Viking. Este também foi o ano da invasão normanda da Grã-Bretanha sob Guilherme, o Conquistador (1066-1087), tataraneto de Rollo da Normandia (entre 860 e 930), o chefe viking que fundou a Normandia. A conquista normanda tornou o francês a língua da corte, da classe alta e das finanças, e estabeleceu a cultura e os costumes franceses em toda a Grã-Bretanha, ligando a França e aos outros estados do continente europeu.

Renascimento e Reforma

Os reinos e principados da Europa tinham línguas, costumes e objetivos diversos, mas estavam unidos — pelo menos nominalmente — pela crença religiosa e pela autoridade da Igreja Católica Romana. Em 1095, quando o Papa Urbano II convocou a Primeira Cruzada para libertar a Terra Santa do domínio muçulmano, pessoas de toda a Europa responderam ao chamado. Com exceção da primeira, as cruzadas entre 1095 e 1270 acabaram fracassando em seu objetivo, mas alteraram significativamente o panorama cultural e político europeu. As cruzadas levaram ao surgimento de Estados-nação e monarquias apoiadas por um comércio mais amplo (e pela necessidade de proteger as rotas comerciais), ao estabelecimento de mais portos e centros comerciais e ao surgimento da classe mercantil. Também diminuíram o número de servos que trabalhavam nas propriedades dos nobres, enfraquecendo o feudalismo e fortalecendo a monarquia.

Map of the First Three Crusades & the 12th-Century Outremer
As Primeiras Três Cruzadas e o Oriente Latino do Século XII (Outremer)
Simeon Netchev (CC BY-NC-ND)

A Peste Negra de 1347-1352 diminuiria ainda mais a população, pondo fim ao movimento feudal e enfraquecendo a autoridade da Igreja, cujos esforços para acabar com a peste fracassaram repetidamente. As Cruzadas e a Peste Negra encorajaram as pessoas a questionarem a Igreja e a ordem estabelecida, e a redescoberta da literatura grega antiga e dos textos romanos levou ao Renascimento e a um maior foco na vida na Terra, em vez do que esperava após a morte. O Renascimento incentivou a Reforma Protestante (1517-1648), liderada por Martinho Lutero (1483-1546), e possibilitada pela imprensa de Johannes Gutenberg (1398-1468), inventada por volta de 1450. A revolução da impressão na Europa renascentista permitiu a ampla divulgação das obras de Lutero — e depois de outros — que desafiavam o status quo e a autoridade eclesiástica. A imprensa e a Reforma Protestante incentivaram uma maior alfabetização e independência de pensamento, contribuindo para a Era do Iluminismo dos séculos XVII e XVIII.

Conclusão

O Império Bizantino caiu nas mãos dos turcos otomanos em 1453, que fecharam a Rota da Seda, encerrando o comércio terrestre europeu com o Oriente e incentivando um maior comércio marítimo, o que deu início à Era dos Descobrimentos. A colonização das Américas começou em 1492 e foi incentivada não só pela necessidade europeia de encontrar rotas alternativas para o Oriente, mas também pela história europeia. As Cruzadas estabeleceram um paradigma de conquista em nome do cristianismo, enquanto a rivalidade entre nações católicas e protestantes incentivou países e comunidades religiosas a reivindicar terras em nome de suas respectivas crenças.

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Map of the Dominant Religions in Europe, 16th Century
Religiões na Europa no Século XVI
Simeon Netchev (CC BY-NC-ND)

A Era dos Descobrimentos estabeleceu a cultura europeia no chamado Novo Mundo entre 1492 e 1620, com um número maior de colonos chegando até 1720 e ainda mais depois, no início do século XX. Os holandeses, ingleses e franceses, entre outros, também estabeleceram colônias em outros lugares, como Índia, Médio Oriente e África, espalhando a cultura europeia pelo mundo. Os benefícios do imperialismo e da colonização não foram questionados pelos europeus da época, mas têm sido cada vez mais contestados desde meados do século XX. Para o bem ou para o mal, porém, a história, a cultura e as políticas europeias afetaram o desenvolvimento de várias regiões ao redor do mundo, influenciando o estabelecimento de muitos dos paradigmas sociopolíticos e religiosos do mundo moderno.

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Perguntas e respostas

O que é a Europa?

A Europa é um continente que forma a parte mais ocidental da Eurásia. É frequentemente referida pelos estudiosos como uma península da massa continental eurasiática, mas não é considerada parte da Ásia.

De onde vem o nome “Europa”?

A origem do nome Europa é desconhecida. Acredita-se que tenha vindo do mito de Europa, uma princesa fenícia raptada por Zeus que se tornou a primeira rainha dos minóicos, mas essa afirmação tem sido contestada há séculos.

Quantos países existem na Europa?

Existem 50 países na Europa, embora, de acordo com algumas definições, sejam apenas 44.

Quando é que “Europa” aparece pela primeira vez por escrito em referência ao continente?

A palavra “Europa” aparece pela primeira vez por escrito no século VI a.C. na Grécia, para se referir ao continente europeu, mas a origem do nome não é clara.

Sobre o tradutor

Lucas de Oliveira
Sou Lucas, nascido no Brasil, moro no Rio de Janeiro, atualmente estou cursando bacharelado em tradução e sou apaixonado por inglês.

Sobre o autor

Joshua J. Mark
Joshua J. Mark é co-fundador e diretor de conteúdos da World History Encyclopedia. Anteriormente, foi professor no Marist College (NY), onde lecionou História, Filosofia, Literatura e Redação. Viajou extensivamente e morou na Grécia e na Alemanha.

Citar este trabalho

Estilo APA

Mark, J. J. (2023, junho 09). Europa [Europe]. (L. d. Oliveira, Tradutor). World History Encyclopedia. Recuperado de https://www.worldhistory.org/trans/pt/1-35/europa/

Estilo Chicago

Mark, Joshua J.. "Europa." Traduzido por Lucas de Oliveira. World History Encyclopedia. Última modificação junho 09, 2023. https://www.worldhistory.org/trans/pt/1-35/europa/.

Estilo MLA

Mark, Joshua J.. "Europa." Traduzido por Lucas de Oliveira. World History Encyclopedia. World History Encyclopedia, 09 jun 2023, https://www.worldhistory.org/europe/. Web. 30 jul 2025.

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