Guerra das Rosas

Definição

Mark Cartwright
por , traduzido por Beatriz Ramos
publicado em 24 Fevereiro 2020
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Disponível noutras línguas: Inglês, Chinês, francês, húngaro, Russo, espanhol, Turco
Edward IV of England & Lancastrian Fugitives at Tewkesbury Abbey (by Jappalang, Public Domain)
Eduardo IV da Inglaterra e fugitivos lancastrianos na Abadia de Tewkesbury
Jappalang (Public Domain)

A Guerra das Rosas (1455-1487) foi um conflito dinástico entre a nobreza inglesa e a monarquia que levou a quatro décadas de batalhas intermitentes, execuções e planos de assassinato. A elite Inglesa foi dividida em dois campos, cada um em torno de um dos ramos de descendentes de Eduardo III de Inglaterra (r. 1327-1377): os Iorque (Yorks) e os Lencastre (Lancasters). O nome da guerra deriva do crachá/símbolo de cada lado, mesmo que, durante aquele tempo, não fossem usados: a rosa branca de Iorque e a rosa vermelha de Lencastre. O louco rei Lencastre, Henrique VI de Inglaterra (r. 1422-61 & 1470-71), seria ameaçado por Ricardo, duque de Iorque (l. 1411-1460), cujo filho se tornou rei Eduardo IV de Inglaterra(1461-70 & 1471-83). Eduardo acaba por ser sucedido pelo seu irmão Ricardo III de Inglaterra (r. 1483-85) cuja infame associação com a morte dos jovens herdeiros de Eduardo, os 'Príncipes na Torre', chocou a nobreza. Assim, abriu-se a porta para o Lencastre Henrique Tudor intervir e tomar o trono após a morte de Ricardo na Batalha de Bosworth Field em 1485. Henrique Tudor tornou-se Henrique VII de Inglaterra (r. 1485-1509), e, através do casamento com Isabel de Iorque, este uniu as duas casas e criou uma nova: os Tudor. O conflito pode até ter tido apenas um impacto limitado na população em geral, mas certamente abalou a nobreza à medida que as famílias se elevavam e sucumbiam . O conflito nunca deixou de atrair a imaginação popular e tem inspirando mercadores de ficção que vão desde Shakespeare a George R.R. Martin e a serie televisiva Guerra dos tronos.

O Nome da Rosa

O nome romântico para o conflito dinástico que perturbou a Inglaterra do século XV, a 'Guerra das Rosas', foi cunhado pela primeira vez pelo romancista Sir Walter Scott (1771-1832) em homenagem aos crachá/símbolos das duas principais famílias envolvidas (nenhuma das quais era de facto as fardas favorecidas na altura): uma rosa branca para Iorque e uma rosa vermelha para Lencastre. A divisão fora um pouco mais complexa do que apenas ambas as famílias, uma vez que cada uma se aliou com outras famílias nobres da Inglaterra, assim criando dois grandes grupos: os apoiantes de Lencastre e os apoiantes de Iorque. Aliados de ambos os lados estavam também susceptíveis a mudar a sua lealdade ao longo do conflito, dependendo de favores, mortes e oportunidades. Outro problema com o nome é o facto de que estes conflitos não se tratavam de guerras mas uma serie de batalhas intermitentes, escaramuças, alguns cercos menores, execuções e planos de assassinato. É muito duvidoso que as pessoas que viviam na Inglaterra do século XV alguma vez se tenham considerado parte de um conjunto coeso de eventos históricos que hoje reunimos sobre o prático rótulo Guerra das Rosas.

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Causas da Guerra das Rosas

As causas da Guerra das Rosas são muitas e, à medida que o conflito prosseguia, chegavam novos atores e motivações para perpetuá-lo ainda mais. Talvez a primeira causa tenha sido a ação de Henrique Bolingbroke que, em 1399, tomou o trono pela força, coroou-se rei Henrique IV de Inglaterra (r. 1399-1413) e assassinou o seu predecessor Ricardo II de Inglaterra (r. 1377-1399). Henrique foi os primeiro rei Lencastre (o seu pai João de Gante, duque de Lencastre). O regicídio ter-se-ia tornado uma estratégia politica chocantes mas não infrutífera.

Plucking the Red & White Roses
Colhendo as rosas vermelhas e brancas
Live Auctioneers (Public Domain)

Muito mais próximo da eclosão das guerras estaria o inicio to reinado incompetente de Henrique VI. O rei tinha sido empurrado para o trono em criança após a morte súbita do seu pai Henrique V de Inglaterra (r. 1413-1422). Rodeado por regentes e cortesãos ambiciosos e sem escrúpulos, o reinado do rei foi marcado pela falta de lei em certas partes do país e por uma economia falida. Depois, precisamente quando Henrique atingiu a maturidade, houve a derrota final a favor da França no final da Guerra dos Cem Anos (1337-1453). Os barões ingleses estavam em desacordo sobre como lidar com a França: adoptar uma abordagem mais agressiva como Henrique V tinha feito, negociar algum tipo de acordo, ou abandonar completamente a Europa continental. Um dos problemas era o dinheiro e as enormes despesas das campanhas militares no estrangeiro. Henrique, facilmente influenciado por quem quer que o abordasse, era indeciso quando a decisão era mais necessária.

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RICHARD, O DUQUE DE YORK TINHA DUAS COISAS A SEU FAVOR. PRIMEIRO, ERA O BISNETO DE EDUARDO III E SEGUNDO, ERA O HOMEM MAIS RICO DA INGLATERRA.

Este também foi também insensato o suficiente para se envolver nas disputas pessoais dos seus barões, polarizando ainda mais o reino. A situação só foi piorado em 1445 pela decisão do rei de se casar com Margarida de Anjou (d. 1482), sobrinha de Carlos VII de França (r. 1422-1461). Alguns barões viram isto como uma capitulação para os franceses, e a influência óbvia de Margarida sobre o rei maleável e muito pouco guerreiro foi outro pomo de discórdia. Como se a impopularidade de Henrique não pudesse afundar mais, a sua escolha de cortesãos favorecidos, nomeadamente o impopular Guilherme de la Pole, o Conde de Suffolk, fez ainda mais inimigos para o rei. Mesmo os plebeus não ficaram satisfeitos, como indicado pela rebelião de 1450 liderada por Jack Cade que protestou contra os elevados impostos, a notável corrupção no tribunal e a ausência de justiça a nível local. Os plebeus podem não ter tido qualquer influência directa no governo, mas a discórdia talvez tenha dado aos nobres, interessados em derrubar o regime, outra desculpa para o fazerem, que a mera extensão dos seus próprios interesses. Com todas estas agitação e dados os problemas mentais do seu avô materno Carlos VI de França (r. 1422-1461), talvez não seja tão surpreendente que Henrique tenha tido um colapso mental em 1453. Foi provavelmente desencadeada pela derrota final contra a França e pela perda de todo o território inglês, com excepção de Calais. Henrique ficou tão doente que não se podia mexer, falar ou reconhecer ninguém. Nesta situação, o reino precisava de um regente e por isso os problemas de estado começaram realmente a proliferar à medida que a Inglaterra se fracturou em dois grupos adversários.

Os Duques de Iorque

Os barões de Inglaterra tinham vindo a aumentar a sua riqueza e poder como consequência ao correspondente declínio da Coroa. Historiadores notaram um fenómeno a que chamaram "feudalismo bastardo". Parte deste processo foi o enfraquecimento do domínio da Coroa sobre a terra, riqueza e poder político a nível local. Os grandes proprietários de propriedades governavam as suas áreas como reis e eram capazes de construir os seus próprios exércitos privados, juntanto subordinados que se mantinham leais a si. Eventualmente, alguns destes barões tornaram-se tão ambiciosos que, recordando o sucesso de Henrique Bolingbroke, até se consideravam dignos do papel de rei de Inglaterra. Com um pouco de sangue real nas veias, um barão conseguia persuadir outros a segui-lo, especialmente aqueles que tinham caído fora da graça do rei encarregue. Estes poderosos intervenientes políticos foram aclamados, por alguns historiadores, como "poderosos demais" por serem capazes de derrubar o monarca ligítimo. Além disso, agora que as guerras em França tinham terminado, estes homens "poderosos demais" podiam empregar todos os seus subordinados armados e a sua riqueza, para a sua própria ambição privada.

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Wars of the Roses - York vs. Lancaster
Guerra das Rosas - York x Lancaster
Simeon Netchev (CC BY-SA)

O mais poderoso de todos os barões neste período foi Ricardo, Duque de Iorque. Ricardo tinha duas coisas a seu favor. Primeiro, era o bisneto de Eduardo III de Inglaterra e sobrinho do Conde de March que já teria afirmado ser o legítimo herdeiro de Ricardo II de Inglaterra (r. 1377-1399). Segundo, era o homem mais rico de Inglaterra. Somando estes dois factores à ambição e talento militar do duque e o resultado foi uma ameaça extremamente perigosa à já desconfortável posição de Henrique VI no trono. Quando Henrique sofreu o seu primeiro episódio de loucura, a escolha óbvia para o regente foi Ricardo e este foi de facto nomeado Protector do Reino em 1454.

AS GUERRAS AFECTARAM CERTAMENTE A NOBREZA, MATANDO DE UMA FORMA OU DE OUTRA METADE DOS SENHORES DAS 60 FAMÍLIAS NOBRES DA INGLATERRA.

Curiosamente, a opinião sobre o reinado de Henrique era tão negativa que Ricardo era visto como o campeão da reforma. Pode ter sido a inclinação do duque em limpar a corte e a ordenar o reino mas, eventualmente, ele jogou as suas cartas para ganhar o jackpot: a Coroa. Primeiro, Ricardo procurou ser nomeado como herdeiro oficial de Henrique (o rei não tinha filhos nessa altura). O duque tinha poderosos aliados, nomeadamente a família Neville de Middleham que desejava ter amigos contra o seu próprio inimigo pessoal, a poderosa família Percy. Ricardo, no entanto, tinha dois inimigos importantes: Margarida de Anjou, que detestava o duque, e Edmund Beaufort, Conde de Somerset, também descendente de Eduardo III e tão ambicioso quanto qualquer outro. O Conde de Somerset acabou por ser tratado no campo de batalha - foi morto em St. Albans a 22 de Maio de 1455, a primeira batalha da Guerra das Rosas. A Rainha Margarida provou ser um adversário muito mais difícil ao substituir o seu marido louco e liderar exércitos contra o Duque de Iorque. Após a derrota em Ludlow na Batalha de Ludford Bridge a 12 de Outubro de 1459, Ricardo foi obrigado a fugir para a Irlanda. Entretanto, o Parlamento, conhecido como 'Parlamento dos Demónios' de 1459, identificou-o como um traidor e deserdou os seus herdeiros.

De regresso a Inglaterra depois do seu filho Eduardo ter derrotado a Rainha Margarida em Northampton a 10 de Julho de 1460, o Duque de Iorque convenceu Henrique, que se encontrava agora na Torre de Londres, a nomeá-lo herdeiro oficial do trono, decisão ratificada pelo Act of Accord de 24 de Outubro. Contudo, com a cobiçada coroa quase ao seu alcance, Ricardo foi morto na Batalha de Wakefield a 30 de Dezembro de 1460 por Realistas liderados, mais uma vez, pela rainha. A cabeça de Ricardo foi exposta num espeto em Micklegate em Iorque e adornada com uma coroa de papel para relembrar a todos que ele tinha sido um mero usurpador. No entanto, este não foi o fim dos Iorque, mas apenas o início da sua ascensão.

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O filho de Ricardo, Eduardo, assumiu o papel de líder da casa de Iorque e inimigo número um do rei e da rainha. Eduardo de Iorque tinha um trunfo, o seu grande aliado, o riquíssimo Ricardo Neville, Conde de Warwick (1428-71) que era tão poderoso que se tornou conhecido como "o criador de reis". Eduardo provou ser uma causa que vale a pena apoiar quando ganhou a sangrenta Batalha de Towton em Março de 1461, a maior e mais longa batalha da história inglesa. Henrique VI foi deposto enquanto Eduardo se tornou Eduardo IV, coroado o primeiro rei Iorque em 28 de Junho de 1461. As guerras tornaram-se então muito mais sombrias após o reinado de Eduardo ter sido brevemente interrompido quando o seu velho aliado Warwick se voltou contra ele e reintegrou Henrique VI em 1470 (a "Readepção"). Eduardo recuperou o seu trono no campo de batalha no ano seguinte (nas batalhas de Barnet a 14 de Abril e Tewkesbury a 4 de Maio de 1471) e o Conde de Warwick e o único filho de Henrique VI foram mortos no processo. A Rainha Margarida foi presa e Henrique VI foi assassinado na Torre de Londres a 21 de Maio de 1471. Foi um caso sangrento, mas os Iorque pareciam ter ganho a guerra.

Ricardo III & Henrique Tudor

O irmão mais novo de Eduardo IV era Ricardo, Duque de Gloucester (b. 1452), e seria a próxima personagem central neste jogo mortal de tronos musicais. Ricardo tinha lutado lealmente ao lado do seu irmão antes de este se tornar rei e quando Eduardo faleceu inesperadamente, provavelmente de um AVC, em 1483, Ricardo viu uma oportunidade para uma promoção dramática. Eduardo foi oficialmente sucedido pelo seu filho, outro Eduardo (b. 1470), que tinha apenas 12 anos de idade. Mais uma vez, os barões pairavam em torno de um monarca juvenil, a disputar a supremacia, sendo o mais ameaçador de todos o seu tio Ricardo. O jovem e ainda por coroar Eduardo V de Inglaterra e o seu irmão Ricardo (b. 1473) foram presos na Torre de Londres onde ficaram conhecidos como os "Príncipes da Torre". Entretanto, o reino era dirigido pelo Protector do Reino, nada mais nada menos que Ricardo, Duque de Gloucester.

Os príncipes foram avistados algumas vezes nos terrenos da Torre durante o Verão, mas depois desapareceram. Pensou-se que Ricardo os tinha assassinado - uma acusação geral adoptada mais tarde por historiadores de Tudor e William Shakespeare (1564-1616), que também pintou o reinado de Ricardo como bastante mais sombrio do que provavelmente era. Significativamente, o homem que mais beneficiou da morte de Eduardo V foi o seu tio, que tinha ele próprio coroado Ricardo III a 6 de Julho de 1483 na Abadia de Westminster. No entanto, tomar o trono através de um crime tão terrível era apenas pedir problemas, até mesmo os Iorque ficaram chocados e por isso a Guerra das Rosas sofreu outra reviravolta dramática.

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Richard III & Henry VII, Stained Glass Window
Ricardo III e Henrique VII, vitral
John Taylor (CC BY)

Os Lencastre, embora expurgados por Eduardo IV, não tinham desaparecido completamente e eram agora liderados por Henrique Tudor. Henrique tinha algum sangue real nas veias através da linha ilegítima de Beaufort descende de João de Gante, filho de Eduardo III. Esta não era uma grande ligação real, apesar da legitimação da linha de Beaufort em 1407, mas era o melhor que os Lencantre podiam esperar depois de Henrique VI não ter deixado nenhum herdeiro sobrevivente. Henrique Tudor, contudo, conseguiu reunir alguns aliados muito úteis. Além de antigos apoiantes de Iorque ultrajados, havia os Woodville - Elizabeth Woodville sendo a rainha de Eduardo IV, o Duque de Buckingham, e do outro lado do Canal da Mancha onde Henrique estava no exílio, Carlos VIII de França (r. 1483-1498) que estava ansioso por desestabilizar a Inglaterra e mantê-la fora dos seus próprios territórios.

Talvez a faísca que reacendeu a Guerra das Rosas tenha sido a morte do herdeiro de Ricardo III em 1484 (mais um Eduardo). Henrique Tudor tinha agora apenas um homem entre si e o trono e um homem profundamente impopular. Em Agosto de 1485. Henrique Tudor aterrou com um exército de mercenários franceses em Milford Haven no Sul do País de Gales e marchou para enfrentar o exército de Ricardo no Bosworth Field em Leicestershire a 22 de Agosto de 1485. Ali, Ricardo foi desertado por alguns dos seus principais aliados (Sir William Stanley e Sir Henry Percy), e o rei foi morto quando fez uma acusação precipitada sobre o próprio Henrique Tudor. O novo rei foi coroado Henrique VII de Inglaterra (r. 1485-1509) a 30 de Outubro de 1485. Henrique ainda teve de enfrentar um renascimento Iorque centrado em torno do pretendente ao trono Lambert Simnel, mas este foi anulado na Batalha de Stoke Field, em Junho de 1487. Este foi o último acto da Guerra das Rosas, mesmo que houvesse mais alguns ressurgimentos menores por parte dos Iorque durante o meio século seguinte.

O Impacto da Guerra das Rosas

Fora a evidente troca de tronos entre os reis Lencastre e Iorque, uma das consequências mais significantes da guerra, na história, foi a fundação da Casa de Tudor por Henrique VII. Henrique casou com Isabel de Iorque, filha de Eduardo IV em 1486, assim unindo os dois lados. O rei até criou um novo símbolo combinando as rosas de Lencatre e Iorque. O filho de Henrique sucedeu-o como Henrique VIII de Inglaterra (r.1509-1547 e os Tudor, governando até 1603, supervisionaram aquela que é vista como a Era Dourada para Inglaterra.

Murder of the Princes in the Tower
Assassinato dos príncipes na torre
Art UK (Public Domain)

A guerra não tinha afetado a população em geral sendo que foi um conflito restrito à nobreza, mesmo que algumas batalhas e campanhas tenham causado mortes, destruição e perturbações nas àreas em que ocorreram. De facto houve 13 campanhas diferentes dispersas por menos de 24 meses de luta durante todo o período e muitas àreas no país não foram afetadas de todo. Ainda assim as lutas afetaram certamente a nobreza, matando de uma maneira ou de outra metade dos senhores das 60 famílias nobres da Inglaterra. Isto foi porque muitas das escaramuças involveram apenas nobres e o velho hábito de raptos por dinheiro de resgate já não funcionavam porque as pessoas não os pagavam ou nem tinham dinheiro para tal e os oponentes deveriam ser removidor permanentemente do jogo. Além disso, apesar de muitos barões terem beneficiado das guerras, no fim delas o rei estava firmamente de volta ao controlo do seu reino, supervisionando impostos muito melhor do que anterioirmente e confiscando os estados de famílias extintas e oponentes políticos. Para a maioria das pessoas esta transferência de riqueza para trás e para a frente não tinha qualquer significado; no fim da guerra os nomes podiam ter mudado mas 3% da elite ainda era dona de 95% desta riqueza.

Por fim, as guerras deixaram a sua marca indelével na cultura inglesa à medida que as suas voltas, reviravoltas e traições têm inspirado tanto historiadores como escritores de ficção desde então. Os propagandistas Tudor estavam empenhados em exagerar a destruição das guerras e a vilania dos Iorque, com o intuito de se mostrarem melhores e os seus monarcas patronos como os salvadores do país. William Shakespeare (1564-1616) estava particularmente interessado no período que forma o pano de fundo para as suas peças históricas Henrique VI e Ricardo III e que fornecem algumas das personagens mais memoráveis dos Bards e falas frequentemente citadas. Mesmo no século XXI, a Guerra das Rosas continua a inspirar autores como George R. R. Martin cujos romances, por sua vez, forneceram temas e personagens para a série de televisão Guerra dos Tronos.

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Sobre o tradutor

Beatriz Ramos
Born in Portugal 18 years ago, I entered the NOVA University of Lisbon in October 2020. My multicultured background inspired me to study Languages, Literatures and Cultures and focusing on translations and history.

Sobre o autor

Mark Cartwright
Mark é autor, pesquisador, historiador e editor em tempo integral. Seus principais interesses incluem arte, arquitetura e descobrir as ideias que todas as civilizações compartilham. Ele possui mestrado em Filosofia Política e é diretor editorial da WHE.

Citar este trabalho

Estilo APA

Cartwright, M. (2020, Fevereiro 24). Guerra das Rosas [Wars of the Roses]. (B. Ramos, Tradutor). World History Encyclopedia. Obtido de https://www.worldhistory.org/trans/pt/1-18612/guerra-das-rosas/

Estilo Chicago

Cartwright, Mark. "Guerra das Rosas." Traduzido por Beatriz Ramos. World History Encyclopedia. Última modificação Fevereiro 24, 2020. https://www.worldhistory.org/trans/pt/1-18612/guerra-das-rosas/.

Estilo MLA

Cartwright, Mark. "Guerra das Rosas." Traduzido por Beatriz Ramos. World History Encyclopedia. World History Encyclopedia, 24 Fev 2020. Web. 24 Abr 2024.