Babilônia

Definição

Joshua J. Mark
por , traduzido por Fernanda Ramires
publicado em
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Lion of Babylon, Ishtar Gate (by Jan van der Crabben, CC BY-NC-SA)
Leão da Babilônia, Portão de Ishtar
Jan van der Crabben (CC BY-NC-SA)

Babilônia é a cidade mais famosa da antiga Mesopotâmia, cujas ruínas se encontram no atual Iraque, 94km a sudoeste de Bagdá. O nome deriva de bav-il ou bav-ilim, que em acádio significava "Portão de Deus" (ou "Portão dos Deuses"), traduzido do grego como Babilônia. Na sua época, foi um grande centro cultural e religioso.

A cidade foi citada com fascínio pelos antigos escritores gregos e foi, supostamente, o local dos Jardins Suspensos da Babilônia, uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo. Sua reputação foi manchada pelas numerosas referências desfavoráveis a ela presentes na Bíblia, começando por Gênesis 11:1-9 e a história da Torre de Babel, associada ao zigurate da Babilônia.

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A cidade também aparece de forma desfavorável nos livros de Daniel, Jeremias, Isaías e, o mais famoso, no Livro do Apocalipse. O acadêmico Paul Kriwaczek comenta que a Babilônia "pode culpar, inequivocamente, a Bíblia pela sua má reputação" (167). Embora nenhuma dessas narrativas fale bem da cidade, elas foram, em última análise, responsáveis pela sua fama (ou infâmia) na era moderna, o que levou à sua redescoberta pelo arqueólogo alemão Robert Koldewey em 1899.

A Babilônia foi fundada em algum momento antes do reinado de Sargão de Acádia (O Grande, 2334-2279 a.C.) e parece ter sido uma pequena cidade portuária no rio Eufrates até a ascensão de Hamurabi (r. 1792-1750 a.C.), que a fez capital do seu Império Babilônico. Depois da morte de Hamurabi, seu império rapidamente desmoronou. A cidade foi saqueada pelos hititas em 1595 a.C. e, em seguida, tomada pelos cassitas que a renomearam para Karanduniash.

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A menção mais antiga da cidade aparece em uma inscrição da época de Sargão de Acádia.

Ela foi brevemente governada pelos caldeus (século IX a.C.), cujo nome se tornou sinônimo de babilônios para escritores gregos (Heródoto, notavelmente) e escribas bíblicos porvindouros e, então, controlada pelo Império Neo-Assírio (912-612 a.C.) antes de ser conquistada por Nabopolassar (r. 626-605 a.C.), que estabeleceu o Império Neobabilônico. Babilônia ruiu diante dos persas, sob o comando de Ciro II (O Grande, r. c. 550-530 a.C.), e foi uma capital do Império Aquemênida (550-330 a.C.) até cair nas mãos de Alexandre, O Grande, em 331 a.C.

Ela continuou como um centro comercial sob o domínio do porvindouro Império Selêucida (312-63 a.C.), do Império Parta (247 a.C. a 224 d.C.) e do Império Sassânida (224-651 d.C.), mas nunca alcançou o auge que conhecera sob o reinado de Hamurabi ou do rei neobabilônico Nabucodonosor II (r. 605/604-562 a.C.). A cidade decaiu após a conquista árabe muçulmana no século VII d.C. e foi, enfim, abandonada.

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Ela era conhecida apenas por meio das narrativas bíblicas e por escritores clássicos, até ser descoberta no século XIX. Na década de 1980, foram realizadas tentativas de restauração sob o comando do, então presidente, Saddam Hussein, incluindo a reconstrução do Portão de Ishtar (o portão original encontra-se atualmente no Museu de Pérgamo, em Berlim, na Alemanha). Em 2019, as ruínas da grandiosa cidade foram declaradas Patrimônio Mundial da UNESCO.

Cidade Portuária & Hamurabi

A menção mais antiga da cidade aparece em uma inscrição da época de Sargão de Acádia. Naquela época, ela parecia ter sido uma cidade portuária pequena, mas lucrativa, situada às margens do rio. Durante o reinado do rei porvindouro acadiano Shar-Kali-Sharri (r. 2223-2198 a.C.), está registrado que 2 templos foram construídos na Babilônia e que, mais tarde, ela caiu sob o controle da cidade de Kazallu, até ser libertada pelo chefe amorita Sumu-abum (r. c. 1895 a.C.), cujo sucessor, Sumu-la-ilu (também conhecido por Suma-la-El, r. 1880-1845 a.C.), foi o fundador da primeira dinastia de reis da Babilônia. A cidade ainda era um pequeno porto nessa época, ofuscada pelas cidades-estado vizinhas.

O rei Sin-Muballit (r. 1812-1793 a.C.) embelezou a cidade, mas não foi capaz de elevá-la acima das outras e, por fim, liderou uma campanha militar contra a mais poderosa das cidades-estado vizinhas, Larsa, mas foi derrotado. Ele foi forçado a abdicar em favor do seu filho, Hamurabi, que, silenciosamente, se submeteu ao rei de Larsa e se dedicou em fortalecer as muralhas da Babilônia e em embelezar a cidade, enquanto, secretamente, construía e treinava um exército.

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Quando Larsa solicitou que ele fornecesse tropas para repelir a invasão dos elamitas, Hamurabi atendeu ao chamado, mas, assim que a região foi protegida, ele tomou as cidades de Isin e Uruk de Larsa, formou alianças com Lagash e Nippur, e conquistou Larsa por completo. Em seguida, ele continuou suas campanhas, promulgou seus códigos de leis, conquistou a Mesopotâmia e estabeleceu seu império.

Code of Hammurabi
Código de Hamurabi
Larry Koester (CC BY)

O Código de Hamurabi é bem conhecido, mas é apenas um exemplo das políticas que ele implementou para manter a paz e incentivar a prosperidade. Ele expandiu e engrandeceu as muralhas da cidade, engajou-se em grandes obras públicas, que incluíam templos e canais opulentos, e fez da diplomacia uma parte integral da sua administração.

Tão bem-sucedido ele foi tanto na diplomacia quanto na guerra que, por volta de 1775 a.C., ele havia unificado toda a Mesopotâmia sob o comando da Babilônia, que, naquele tempo, era uma cidade relevante e a maior do mundo, com uma população superior a 100.000 habitantes. A cidade ficou tão famosa e poderosa após as conquistas de Hamurabi que toda a Mesopotâmia meridional passou a ser chamada de Babilônia.

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Os Assírios & Nabucodonosor II

Após a morte de Hamurabi, seu exército desmoronou e a Babilônia reduziu em tamanho e em influência, até a cidade ser facilmente saqueada pelos hititas em 1595 a.C. Os cassitas sucederam os hititas e renomearam a cidade para Karanduniash. Em algum momento entre os séculos XIV e IX a.C., o grande zigurate da Babilônia foi construído, o qual mais tarde seria associado à Torre de Babel. Acredita-se que essa conexão tenha sido causada por uma interpretação equivocada do termo acádio bav-il (Portão dos Deuses) como o termo hebraico bavel (confusão).

Recreation of the Etemenanki in Babylon
Recriação do Etemenanki da Babilônia
Ancient History Magazine / Karwansaray Publishers (Copyright)

Na história do Gênesis, o povo, esperançoso por deixar um legado após a morte, começa a construir uma imensa torre para alcançar os céus. Isso enfurece Deus, pois teme que as pessoas, se capazes de atingir suas metas, se sintam encorajadas a alcançar outras e, assim, perturbem a ordem natural. Ele, portanto, decreta que não mais falarão o mesmo idioma, confunde suas línguas, e como não conseguem mais se entender, a torre é deixada de lado inacabada. O acadêmico Samuel Noah Kramer conta a história como uma tentativa de explicar os muitos zigurates, incluindo o da Babilônia, encontrados em ruínas e vistos ou descritos pelos escribas hebreus (Sumérios, 293-294).

Os assírios sucederam os cassitas na dominação da região e, sob o reinado do rei Senaqueribe (r. 705-681 a.C.), a Babilônia se revoltou continuamente. Senaqueribe finalmente perdeu a paciência em 689 a.C. e teve a cidade saqueada, devastada, com suas ruínas espalhadas, como uma lição para os outros. Suas medidas extremas foram consideradas ímpias pelo povo em geral e, especificamente, pela corte de Senaqueribe; sendo assassinado pelos seus filhos pouco tempo depois, que justificaram o ato como vingança pela desolação da Babilônia.

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Seu sucessor, Esarhaddon (r. 681-669 a.C.), iniciou os esforços para devolver à Babilônia sua antiga glória, supervisionando pessoalmente os trabalhos. Mais tarde, a cidade se rebelou contra seu sucessor, Ashurbanipal (r. 668-627 a.C.), que reprimiu a rebelião sem causar grandes danos à Babilônia. Ele, na verdade, purificou pessoalmente a cidade dos espíritos malignos que se acreditava terem causado os problemas. A essa altura, a reputação da cidade como um centro de aprendizado e cultura já estava bem estabelecida.

Após a queda do Império Assírio, o rei caldeu Nabopolassar assumiu o trono da Babilônia e criou, através de alianças estratégicas, o Império Neo-babilônico. Seu filho, Nabucodonosor II, renovou a cidade para que cobrisse 900 hectares de terra, e ostentou algumas das estruturas mais belas e impressionantes de toda a Mesopotâmia.

Ruins of the North Palace of  Nebuchadnezzar II, Babylon
Ruínas do Palácio Norte de Nabucodonosor II, Babilônia
Osama Shukir Muhammed Amin (Copyright)

Todo escritor da antiguidade que faz menção à cidade da Babilônia, exceto os escribas bíblicos, a referencia com admiração e incredulidade ao descrever o grande zigurate Etemenanki - "o alicerce do céu e da Terra" - as imensas muralhas, o Portão Ishtar e os Jardins Suspensos da Babilônia. Comenta Heródoto sobre o tamanho da cidade:

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A cidade situa-se numa planície ampla e é um quadrado perfeito, com cento e vinte estádios de comprimento para cada lado, de modo que o circuito completo totaliza quatrocentos e oitenta estádios. Enquanto essa seja sua dimensão, em magnificência não há outra cidade que chegue aos seus pés. Ela é cercada, primeiramente, por um amplo e profundo fosso cheio de água, atrás do qual se ergue uma muralha com cinquenta côvados reais de largura e duzentos de altura. (I.178)

Embora seja comum a crença de que Heródoto tenha muito exagerado nas dimensões da cidade (e talvez ele mesmo nunca a tenha visitado de fato), sua descrição reflete a admiração de outros escritores da época, que registraram a magnificência da Babilônia, especialmente suas grandes muralhas, como uma maravilha do mundo. Foi no período neo-babilônico, sob o reinado de Nabucodosor II (que também viu o início do cativeiro babilônico dos judeus), que acredita-se terem sido construídos os Jardins Suspensos da Babilônia e erguido o Portão de Ishtar. Os Jardins Suspensos são descritos de forma mais explícita em uma passagem de Diodoro Sículo (c.90-30 a.C.) em sua obra Bibliotheca Historica Livro II.10:

Havia também, por causa da acrópole, o, como é chamado, Jardim Suspenso, que foi construído, não por Semíramis, mas por um rei sírio posterior para agradar uma de suas concubinas, pois dizem que esta, sendo persa de origem e sentindo saudade dos prados de suas montanhas, pediu ao rei que imitasse por meio do artifício de um jardim cultivado a paisagem característica da Pérsia. O parque estendia-se por 4 plethra de cada lado e, como o acesso ao jardim inclinava-se como uma encosta e as várias partes da estrutura se erguiam uma após a outra, camada por camada, o aspecto do conjunto assemelhava-se ao de um teatro. Quando os terraços escalonados foram construídos, foram erguidas abaixo deles galerias que suportavam todo o peso do jardim cultivado e se elevavam pouco a pouco, umas sobre as outras, ao longo do caminho de acesso; e a galeria mais alta, com cinquenta côvados de altura, sustentava a superfície mais alta do parque, que foi nivelada com a muralha que circundava as ameias da cidade. Além disso, as muralhas, que haviam sido construídas a um grande custo, tinham vinte e dois pés de espessura, enquanto a passagem entre cada 2 muralhas tinha 10 pés de largura. Os telhados das galerias eram cobertos com vigas de pedra de dezesseis pés de comprimento, incluindo a sobreposição, e 4 pés de largura. O telhado acima dessas vigas possuía uma primeira camada de juncos embebidos em grande quantidade de betume; sobre esta, duas camadas de tijolos cozidos unidos por cimento; e, como uma terceira camada, uma cobertura de chumbo, para evitar que a umidade do solo penetrasse abaixo Sobre tudo isso, foi novamente acumulada terra em uma profundidade suficiente para as raízes das maiores árvores; e o solo, que foi nivelado, foi densamente plantado com árvores de todos os tipos que, por seu grande porte ou qualquer outro encanto, pudessem proporcionar prazer aos que as contemplassem. E como todas as galerias, cada uma projetando-se além da outra, recebiam luz, elas abrigavam numerosos aposentos reais de todos os tipos; e havia uma galeria que continha aberturas que conduziam à superfície mais alta e máquinas para abastecer o jardim com água. Essas máquinas elevavam a água em grande abundância a partir do rio, embora ninguém de fora pudesse ver o processo. Agora este parque, como eu disse, foi uma construção posterior.

Esta parte da obra de Diodoro diz respeito à rainha semi-mítica Semíramis (provavelmente baseada na verdadeira rainha assíria Sammu-Ramat, que reinou de 811 a 806 a.C.). A referência dele a "um rei sírio posterior" segue a tendência de se referir à Mesopotâmia como "Assíria". Estudos recentes sobre o assunto argumentam que os Jardins Suspensos nunca estiveram localizados na Babilônia, mas foram, na verdade, uma criação de Senaqueribe em sua capital, Nínive. O acadêmico Christopher Scarre escreve:

O palácio de Senaqueribe [em Nínive] possuía todos os adornos típicos de uma grande residência assíria: figuras colossais de guardiões e relevos impressionantemente esculpidos em pedra (mais de 2.000 placas esculpidas em 71 salas). Seus jardins também eram excepcionais. Pesquisas recentes da assirióloga britânica Stephanie Dalley sugerem que estes eram os famosos Jardins Suspensos, uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo. Escritores posteriores situaram os Jardins Suspensos na Babilônia, mas pesquisas extensas não conseguiram encontrar qualquer vestígio deles. O orgulhoso relato de Senaqueribe sobre os jardins do palácio que ele criou em Nínive coincide com o dos Jardins Suspensos em vários detalhes significativos. (231)

Se os jardins estivessem na Babilônia, teriam feito parte do complexo central da cidade. O rio Eufrates dividia a cidade em duas, a cidade antiga e a nova, com o Templo de Marduk e o grande zigurate imponente na parte nova, onde, muito provavelmente, os jardins também estariam localizados. As ruas e avenidas foram alargadas sob Esarhaddon para melhor acomodar o desfile anual da estátua do grande deus Marduk, na jornada desde seu templo original na cidade até o Templo do Festival de Ano Novo, junto ao Portão de Ishtar; e foram ainda mais aprimoradas por Nabucodonosor II.

Hanging Gardens (Artist's Impression)
Jardins Suspensos (Concepção Artística)
Mohawk Games (Copyright)

A Conquista Persa

O Império Neo-Babilônico continuou após a morte de Nabucodonosor II, e Babilônia permaneceu uma cidade significativa sob Nabonido (r. 556-539 a.C.), conhecido como "o primeiro arqueólogo" por seus esforços de restauração de sítios antigos (como o zigurate de Ur). Em 539 a.C., o império caiu para os persas sob Ciro, o Grande, na Batalha de Opis. As muralhas de Babilônia eram impenetráveis, e, por isso, os persas engenhosamente elaboraram um plano no qual desviaram o curso do rio Eufrates, de modo que ele atingisse uma profundidade controlável.

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Enquanto os habitantes da cidade se distraíam com uma das suas grandes festas religiosas, o exército persa atravessou o rio a pé e marchou sob as muralhas de Babilônia despercebido. Alegou-se que a cidade foi tomada sem resistência, embora documentos da época indiquem que reparos precisaram ser feitos nas muralhas e em algumas seções da cidade, sugerindo que a ação talvez não tenha sido tão sem esforço quanto a versão persa relatou.

Great Gate of Ishtar
Grandioso Portão de Ishtar
Rictor Norton (CC BY-NC-SA)

Sob o domínio persa, a Babilônia floresceu como um centro de arte e educação. Ciro e seus sucessores tinham grande consideração pela cidade e a fizeram uma das capitais administrativas de seus impérios. A matemática, a cosmologia e a astronomia babilônicas eram altamente respeitadas, e acredita-se que Tales de Mileto (c. 585 a.C.) tenha estudado lá e que Pitágoras (c. 571 a 497 a.C.) tenha desenvolvido seu famoso teorema matemático com base em um modelo babilônico.

Conclusão

Após a queda do Império Aquemênida para Alexandre, o Grande, em 331 a.C., ele manteve um tratamento respeitoso à cidade, ordenando que seus homens não danificassem os edifícios nem molestassem os habitantes. Ele contava poder embelezar e restaurar a cidade, mas morreu antes que seus planos pudessem ser implementados. O acadêmico Stephen Bertman comenta:

Antes de sua morte, Alexandre, o Grande, ordenou que a superestrutura do zigurate de Babilônia fosse demolida, para que pudesse ser reconstruída com maior esplendor. Mas não viveu para concluir seu projeto. Ao longo dos séculos, seus tijolos espalhados foram saqueados por camponeses para satisfazer sonhos mais humildes. Tudo o que restou da lendária Torre de Babel é o leito de um pântano lamacento. (14)

Após a morte de Alexandre em Babilônia, em 323 a.C., nas Guerras dos Diádocos, seus sucessores lutaram pelo império de forma geral e pela cidade em particular, a ponto de os habitantes fugirem por segurança (ou, segundo um relato antigo, serem realocados). Quando o Império Parta governou a região, Babilônia era uma versão empobrecida de seu passado. A cidade caiu progressivamente em ruínas e, mesmo durante um breve renascimento sob o Império Sassânida, nunca se aproximou do seu antigo esplendor.

Na conquista muçulmana da região, em 651, o que restava de Babilônia foi varrido e, com o tempo, enterrado sob as areias. Nos séculos XVII e XVIII, viajantes europeus começaram a explorar a área e retornaram para casa com diversos artefatos de interesse. No século XIX, museus europeus e institutos de ensino superior, na esperança de encontrar evidências arqueológicas para narrativas bíblicas, patrocinaram várias expedições à região, que desenterraram muitas das maiores cidades mesopotâmicas; entre elas estava Babilônia, o outrora grandioso Portão dos Deuses.

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Perguntas e respostas

Por que a Babilônia é famosa?

Babilônia era famosa no seu tempo por ser um grande centro intelectual, cultural e religioso. Hoje, é mais conhecida por sua representação na Bíblia como uma cidade de pecado e depravação.

A Torre de Babel realmente era localizada na Babilônia?

A história da Torre de Babel na Bíblia (Gênesis 11: 1-9) nunca menciona especificamente Babilônia, apenas faz referência à "cidade e à torre". Acredita-se que os escribas hebreus tenham associado a torre à Babilônia devido a uma má interpretação do nome acádio para Babilônia, que significava "Portão dos Deuses", com a palavra hebraica para "confusão".

De onde vem o nome Babilônia e o que significa?

O nome Babilônia vem do acádio "bav-il", que significa "Portão do Deus" ou "Portão dos Deuses".

Como a Babilônia sucumbiu?

Babilônia foi atacada e destruída por Senaqueribe da Assíria e por Xerxes I da Pérsia, mas foi reconstruída. Ela finalmente caiu simplesmente por negligência. Ela estava em péssimas condições por volta de 651, quando os árabes muçulmanos varreram a região e danificaram a cidade, sendo abandonada algum tempo depois.

Sobre o tradutor

Fernanda Ramires
Freelance translator from English into Brazilian Portuguese and specializing in the Literary field. Currently studying Linguistics (Portuguese Language - bachelor's degree).

Sobre o autor

Joshua J. Mark
Joshua J. Mark é cofundador e diretor de conteúdos da World History Encyclopedia. Anteriormente, foi professor no Marist College (NY), onde lecionou história, filosofia, literatura e redação. Ele viajou bastante e morou na Grécia e na Alemanha.

Citar este trabalho

Estilo APA

Mark, J. J. (2022, October 14). Babilônia [Babylon]. (F. Ramires, Tradutor). World History Encyclopedia. Recuperado de https://www.worldhistory.org/trans/PT/1-53/babilonia/

Estilo Chicago

Mark, Joshua J.. "Babilônia." Traduzido por Fernanda Ramires. World History Encyclopedia. Última modificação October 14, 2022. https://www.worldhistory.org/trans/PT/1-53/babilonia/.

Estilo MLA

Mark, Joshua J.. "Babilônia." Traduzido por Fernanda Ramires. World History Encyclopedia. World History Encyclopedia, 14 Oct 2022, https://www.worldhistory.org/babylon/. Web. 30 Jun 2025.