Mitra

Definição

Joshua J. Mark
por , traduzido por Ricardo Albuquerque
publicado em 11 fevereiro 2020
Disponível noutras línguas: Inglês, africâner, holandês, francês, italiano, Persa, espanhol, Turco
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Mithra (by The Trustees of the British Museum, CC BY-NC-SA)
Mitra
The Trustees of the British Museum (CC BY-NC-SA)

Mitra é o deus persa do sol nascente, contratos, pactos e amizade. Ele também supervisionava a mudança ordeira das estações, mantinha a ordem cósmica e se responsabilizava por conceder a graça divina aos reis, legitimando seu poder e, como protetor dos fiéis, costumava ser invocado pelos guerreiros antes das batalhas, tornando-se, assim, um deus da guerra.

Uma dos mais conhecidas e populares divindades do panteão da religião iraniana inicial, de caráter politeísta, sua veneração continuou mesmo após a crença monoteísta do zoroastrismo substituir os antigos sistemas religiosos.

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Relacionado ao deus védico Mitra, também costuma ser associado ao culto de mistérios romano de Mitras, que floresceu por volta de 100-400 d.C. em todo o Império, mas tratam-se de divindades diferentes, ainda que o Mitras de Roma seja vagamente derivado do original persa. Embora o Mitras romano e seu culto tenham sido frequentemente alegados como o precursores e modelos de Jesus Cristo e do cristianismo, não há absolutamente nenhuma evidência histórica que sustente tal afirmação.

Mitra está sempre vigilante e não pode ser enganado, conhecendo os corações e as verdadeiras intenções das pessoas e mantendo as forças das trevas à distância.

O nome de Mitra, invocado em inscrições durante o Império Aquemênida (c. 550-330 a.C.) e especialmente durante o reinado de Artaxerxes II (404-358 a.C.), ainda era reconhecido durante o Império Sassânida (224-651 d.C.). Depois os árabes muçulmanos derrotaram os sassânidas, em 651, o zoroastrismo – incluindo a veneração a Mitra – foi suprimido e, mais tarde, os parses levaram os textos e tradições zoroastrianas para a Índia, onde a fé manteve-se intacta. Mitra ainda desempenha um papel importante nos ritos zoroastrianos modernos, que preservam as tradições da Antiguidade.

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Origem, Caráter, Representação

Mitra surgiu em algum momento antes do terceiro milênio a.C., quando grupos migratórios atualmente conhecidos como indo-iranianos e indo-arianos começaram a se estabelecer nas regiões do Irã e do norte da Índia, respectivamente. Há, portanto, uma série de semelhanças entre as divindades védicas e as da religião iraniana primitiva, incluindo o Mitra persa e o Mitra védico.

O Mitra védico (às vezes citado como Mitra-Varuna) era o deus dos contratos e do nascer do sol, da fertilidade na forma de chuva e boas colheitas e guardião da verdade. A dupla Mitra-Varuna reuniu o deus do nascer do sol com o poderoso deus do céu (Varuna) e eles foram imaginados como habitando um palácio dourado celeste com mil portas, das quais partiam todas as manhãs numa carruagem brilhante.

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O Mitra persa é descrito no Avesta (escritura zoroastriana) como:

Aquele que primeiro, dos deuses celestiais, alcança as Hara [Montanhas Alburz], diante do sol imortal e veloz; que, principalmente numa matriz dourada, se apodera dos belos cumes e, de lá, olha para a morada dos arianos [povos iranianos] com um olhar benéfico. (Yasht 10.13, conforme citado em Curtis, 14)

Ele monta numa carruagem brilhante, puxada por cavalos brancos e traz o sol nascente, armado com uma lança de prata, arco e flechas de ouro, adagas, machados e a maça, que simboliza seu papel como guardião da ordem cósmica e como deus que legitima a realeza. Mitra, sempre vigilante, não pode ser enganado, já que conhece os corações e as verdadeiras intenções das pessoas e mantém as forças das trevas à distância. Ele era considerado a força mais poderosa contra o Senhor dos Demônios, Angra Mainyu (também conhecido como Arimã), que temia sua maça mais do que qualquer outra arma dos deuses.

Mithra on Horseback
Mitra a Cavalo
The Trustees of the British Museum (CC BY-NC-SA)

O zoroastrismo – e presumivelmente a religião iraniana primitiva na qual se baseava – concentrava-se no conflito entre as forças do bem e da ordem (lideradas por Ahura Mazda) e as do mal e do caos (comandadas por Angra Mainyu). O propósito central da vida humana consistia em escolher qual delas seguir e era responsabilidade de deuses como Mitra ajudar as pessoas a escolher o caminho certo e protegê-las das mentiras e armadilhas do Maligno. O estudioso John R. Hinnels descreve a característica central de Angra Mainyu:

Diz-se que o Espírito Maligno criou a "não-vida" (isto é, uma forma de existência diametralmente oposta a tudo o que é bom na vida "real") e a Pior Existência. De forma bastante apropriada para uma religião que sempre ensinou a apreciar as coisas boas da vida, o destino dos ímpios é chamado de "um lugar de comida ruim". Trata-se da "Casa da Mentira". As forças do mal são mencionadas por Zoroastro como os poderes da Fúria, Arrogância e Mau Propósito. Elas destroem o Mundo da Verdade, prejudicam o gado e defraudam o homem da boa vida e da imortalidade. (52)

Mitra representava uma defesa poderosa contra essas forças. Tinha a responsabilidade de proteger a humanidade - e, por extensão, suas colheitas e gado – das tramas de Angra Mainyu. Com este objetivo, um de seus deveres mais importantes era legitimar a realeza ao conceder a farr (graça divina) a um monarca digno, que cuidasse de seu povo - e remover essa graça quando o rei não cumprisse mais sua parte do contrato.

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Ele também servia como juiz das almas dos mortos na Ponte Chinvat – o espaço entre o mundo dos vivos e a vida após a morte – onde se lia o registro das boas e más ações da alma, o que determinava o destino na vida além-túmulo. Aqueles que seguiam Ahura Mazda iam para a Casa da Canção; os que escolhiam o caminho de Angra Mainyu eram enviados para o local que representava sua atitude ao longo da vida, a Casa das Mentiras.

O Zoroastrismo e o Império Aquemênida

Essa representação do deus e seu papel na manutenção da ordem vem dos textos zoroastrianos, mas acredita-se que reflita sua posição e responsabilidades nos primórdios da religião iraniana. Esse sistema de crenças era uma tradição oral – assim como o zoroastrismo – e, assim, não dispunha de registros escritos até o Período Sassânida. É difícil, portanto, saber como os primeiros iranianos concebiam Mitra, quais trechos dos textos zoroastrianos refletem este entendimento inicial e quais receberam influência das reformas de Zoroastro e da implantação da nova religião.

Mitra teria sido adorado em templos de fogo ao ar livre, onde se veneravam os elementos do fogo, ar, terra e água.

Zoroastro era um sacerdote (magi) dessa religião que, um dia, afirmou ter experimentado uma visão segundo a qual a compreensão espiritual do povo estava errada: não havia vários deuses, mas apenas um – Ahura Mazda – e agora cabia a Zoroastro corrigir o erro de seu povo. Zoroastro fez isso, criando uma nova religião, o mazdaísmo (ou masdaísmo), que ficou conhecida como zoroastrismo, e os deuses antigos foram reimaginados como emanações (ou avatares) do único deus verdadeiro.

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Há muito tempo se supõe que o primeiro rei do Império Aquemênida, Ciro II (o Grande, r. c. 550-530 a.C.) era um zoroastriano porque a religião estava firmemente estabelecida na região na época de seu reinado. Porém, isso pode não corresponder à verdade, já que as inscrições de Ciro, o Grande com referência a Ahura Mazda poderiam ser tão facilmente consideradas como mencionando o rei dos deuses da antiga religião como o único deus da nova. O mesmo vale para os sucessores de Ciro, Dario I (o Grande, r. 522-486 a.C.) e Xerxes I (r. 486-465 a.C.) que fazem referência a Ahura Mazda da mesma maneira. Dario I até inclui uma referência aos "outros deuses" em sua famosa Inscrição de Behistun.

A associação do Império Aquemênida com o zoroastrismo surgiu a partir de escritores gregos e romanos posteriores e, embora seja provável que os aquemênidas fossem zoroastrianos, não se trata de algo comprovado – pelo menos no que se refere aos primeiros monarcas. As inscrições de Artaxerxes II listam Ahura Mazda, Anahita e Mitra, invocando a proteção de seus projetos de construção, o que encorajou estudiosos no passado a concluir que o zoroastrismo era politeísta. Uma interpretação mais precisa, no entanto, seria que Artaxerxes II não era um zoroastriano ou que ele estava invocando Ahura Mazda como o único deus verdadeiro e Anahita e Mitra como emanações protetoras da única divindade.

Fire Temple
Templo do Fogo
Diego Delso (CC BY-SA)

Seja como for, o status de Mitra como protetor da ordem e deus da justiça que tudo vê permaneceu inalterado. Nem a religião iraniana inicial nem o zoroastrismo acreditavam em templos para os deuses - para eles, as divindades eram poderosas demais para serem confinadas em casas construídas por mãos humanas - e, assim, não surpreende que inexistam construções dedicadas a Mitra identificadas até o momento (e, na verdade, torna-se mais surpreendente que existam tantas claramente associadas a Anahita). Mitra teria sido adorado como qualquer outro deus - em Templos de Fogo externos, nos quais se veneravam os elementos de fogo, ar, terra e água (personificados por divindades como Atar, Mitra, Haoma e Anahita). O culto de Mitra - ou, pelo menos, a veneração disseminada do deus como um avatar - deve ter continuado, pois era praticado pelos piratas cilicianos (um grupo composto por muitas nacionalidades diferentes), quando foram reassentados no interior da Cilícia por Pompeu, o Grande (v. 106-48 a.C.), por volta de 66 a.C.

O Culto Romano a Mitras

É provável que os piratas cilicianos, que se conta terem adotado alguma forma de adoração a Mitra, inspiraram o movimento originou o popular Culto de Mitras, em Roma. Os soldados romanos que serviam com Pompeu na Cilícia adotaram os elementos essenciais do culto e o o popularizaram entre as legiões. O problema com esta teoria, como qualquer outra teoria referente à origem do Culto de Mitras, reside no fato de que ninguém sabe como o culto começou ou onde, como se disseminou e até em que consistiam suas crenças.

A alegação de que os piratas cilicianos praticavam o Mitraísmo vem da obra de Plutarco, Vida de Pompeu, onde afirma que eles "celebravam lá certos ritos secretos, dos quais o de Mitras continua até a atualidade, tendo sido instituído inicialmente por eles" (24.5). Parece razoável concluir que as práticas religiosas dos piratas acabaram sendo adotadas pelos legionários e disseminadas a partir dali, especialmente porque está claro que o Culto a Mitras tinha grande popularidade no exército romano.

Statue of Mithras
Estátua de Mitras
Jade Koekoe (CC BY-NC-SA)

Uma vez que não estão claros, porém, quais os dogmas deste culto - ou qual forma que os "ritos secretos" dos piratas cilicianos assumiam - a Cilícia não pode ser positivamente identificada como o local no qual o Mitra persa foi transformado no Mitras romano. O que está claro, no entanto, é que há diferenças significativas entre as duas divindades e como eram cultuadas.

O Mitras romano é um deus solar, guardião dos contratos, da ordem e da amizade - bem parecido com o Mitra persa - mas as semelhanças param por aí. Estas características, como tudo a respeito do culto, provém de evidências físicas, na forma de mosaicos, estátuas e relevos, além dos autores cristãos críticos da religião. Os próprios crentes nada registraram por escrito porque eram iniciados num Culto de Mistérios – ou seja, um grupo religioso que mantinha seus rituais e crenças em segredo - e não estavam interessados ou tinham permissão de compartilhar informações com os não-iniciados.

Mitras é universalmente retratado na arte como um jovem abatendo o touro celestial, num ato interpretado como simbolizando a morte e renascimento. Também aparece como nascido de uma rocha e portando uma tocha à medida que emerge (enfatizando seu papel como portador da luz), ou disparando uma flecha numa nuvem (ou rocha), que então libera água (identificando-o com a vida e fertilidade). Sua adoração acontecia secretamente, em cavernas ou templos subterrâneos construídos para se assemelhar a cavernas e sem a presença de mulheres. Nada de sua iconografia ou ritual tem relação com o Mitra persa. Ainda assim, como assinala Hinnells, o povo romano associava o Mitras romano com o deus persa:

O mitraísmo era conhecido pelos contemporâneos como "os Mistérios Persas" e o próprio Mitras mencionado como "o deus persa". Alguns atribuem de forma explícita os ensinamentos mitraicos a Zoroastro. As origens persas parecem ser confirmadas por alguns dos detalhes dos Mistérios; há, por exemplo, o uso reconhecível de palavras persas e um dos sete níveis de iniciação é o do Persa. (78)

Não parece haver dúvida de que o mitraísmo romano inspirava-se no Mitra persa, mas isso não é o mesmo que dizer que há qualquer tipo de continuação da religião iraniana primitiva e do zoroastrismo no mitraísmo romano. Com base nas evidências arqueológicas e nas primeiras críticas cristãs ao culto, sabe-se que o mitraísmo tinha natureza astrológica, concentrando-se na adivinhação, na iluminação da vida e no renascimento após a morte. Os iniciados passavam por uma série de provações que, uma vez transpostas, os elevavam numa hierarquia com sete graus, até mais elevado – o do Pai –, considerado uma figura sacerdotal iluminada e protetora. Os iniciados faziam as refeições e os rituais em conjunto, além de observar o domingo como seu sábado, o que provocou uma das principais críticas ao culto por escritores cristãos, que alegavam que o mitraísmo estava copiando o cristianismo.

Mitras e Jesus

Em uma reviravolta interessante, essa afirmação seria revertida séculos depois, quando intelectuais franceses popularizaram a afirmação de que o cristianismo era uma cópia do mitraísmo e que Cristo nunca existiu. Esta alegação vem sendo repetida desde então de várias maneiras, mas os argumentos essenciais dão conta de que Mitras é o modelo para a criação posterior do caráter de Jesus Cristo e que, como o "Jesus posterior", nasceu em 25 de dezembro de uma virgem, recebeu a visita de magi, teve doze discípulos, celebrou uma "Última Ceia" e morreu na cruz. Nenhuma dessas afirmações tem qualquer mérito.

A chamada Teoria do Mito de Cristo foi popularizada, se não inventada, por dois acadêmicos franceses no século XVIII – Charles François Dupuis (v. 1742-1809) e Constantin François Chasseboef de Volney (v. 1757-1820). Dupuis ensinava Retórica no Collège de Lisieux, em Paris, e de Volney era filósofo e orientalista. No ardor da Revolução Francesa de 1789, muitos revolucionários denunciaram o cristianismo – especificamente o catolicismo – como um mito que estimulava a predomínio das classes altas em detrimento das mais baixas. O volume 13 da obra Origine de Tous les Cultes [A Origem de Todos os Cultos], de Dupuis, de 1794 (republicado em inglês em 1872 como The Origin of All Religious Worship) popularizou as afirmações listadas acima, bem como muitas outras, mas tratava-se de invenções de escritores anticristãos/pró-revolucionários defendendo sua própria agenda.

Head of Mithras
Cabeça de Mitras
Carole Raddato (CC BY-SA)

Não há evidências de que Mitra – nem mesmo Jesus – tenha nascido em 25 de dezembro. Mitra é descrito como emergindo de uma rocha e nunca como uma criança, nem de forma alguma associado a um nascimento virginal ou a uma visitação de qualquer magi. Mitra jamais foi retratado com discípulos, não celebrou nenhuma "Última Ceia" e não morreu numa cruz – na verdade, não existem representações de sua morte.

O fato de que as alegações de Dupuis e de Volney sejam inteiramente falsas, no entanto, não impediu que fossem repetidas por escritores e especialistas anticristãos desde a época da publicação inglesa, em 1872, até os dias atuais. Nos últimos anos, essas invenções foram popularizadas por Zeitgeist: The Movie (2007) na Parte I, com base no livro The Christ Conspiracy: The Greatest Story Ever Sold de Acharya S. (pseudônimo de Dorothy Milne Murdock, v. 1960-2015), e o irreverente documentário Religulous (2008), no qual o comediante Bill Maher repete essas alegações como verdades óbvias e bem estabelecidas.

Conclusão

A veneração do persa Mitra, como já mencionado, continuou no Período Sassânida, quando o sistema de crenças do zorvanismo (muitas vezes referido como uma seita herética do zoroastrismo) foi estabelecido. O zorvanismo sustentava que o deus supremo era Zorvan, o Tempo Infinito, e Ahura Mazda e Angra Mainyu seriam seres criados. Sendo assim, todos os outros deuses também seriam criados, quase se equivalendo a Ahura Mazda e, portanto, poderiam ser adorados como divindades por direito próprio.

O profeta Mani (v. 216-274 d.C.), criador do maniqueísmo, permaneceu como convidado na corte do rei sassânida Sapor I (r. 240-270 d.C.) e desenvolveu o conceito do Mitra maniqueísta nesse período (como, provavelmente ocorreu com grande parte dos conceitos religiosos que elaborou). No maniqueísmo, Mitra é interpretado como uma figura salvadora, portadora de luz e ordem, e assim retém duas de suas primeiras características essenciais conhecidas.

Depois que o Império Sassânida caiu para os árabes muçulmanos em 651, os parses reuniram os textos zoroastrianos que não foram destruídos pelos invasores e fugiram para a Índia. Eles estabeleceram sua própria comunidade, que floresceu e continua a venerar Mitra em seus rituais religiosos até os dias atuais. Quando um sacerdote zoroastriano é iniciado, ele recebe a Maça de Mitra, simbolizando sua responsabilidade de lutar contra as forças do mal e das trevas.

O festival de Mitrakana (também conhecido como Mehregan) acontece anualmente em honra a Mitra (no equinócio do outono do hemisfério norte) e a designação apropriada para um templo moderno zoroastriano é dar-I Mihr, "o portão de Mitra". Mitra permanece como um símbolo da luz e ordem no presente, assim como era visto na Antiguidade, o que o faz um dos mais antigos deuses do mundo a ser venerado, essencialmente com o mesmo papel, de forma contínua por mais de 4.000 anos.

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Sobre o tradutor

Ricardo Albuquerque
Jornalista brasileiro que vive no Rio de Janeiro. Seus principais interesses são a República Romana e os povos da Mesoamérica, entre outros temas.

Sobre o autor

Joshua J. Mark
Joshua J. Mark é cofundador e diretor de conteúdo da World History Encyclopedia. Anteriormente, foi professor no Marist College (NY), onde lecionou história, filosofia, literatura e redação. Ele viajou bastante e morou na Grécia e na Alemanha.

Citar este trabalho

Estilo APA

Mark, J. J. (2020, fevereiro 11). Mitra [Mithra]. (R. Albuquerque, Tradutor). World History Encyclopedia. Obtido de https://www.worldhistory.org/trans/pt/1-10029/mitra/

Estilo Chicago

Mark, Joshua J.. "Mitra." Traduzido por Ricardo Albuquerque. World History Encyclopedia. Última modificação fevereiro 11, 2020. https://www.worldhistory.org/trans/pt/1-10029/mitra/.

Estilo MLA

Mark, Joshua J.. "Mitra." Traduzido por Ricardo Albuquerque. World History Encyclopedia. World History Encyclopedia, 11 fev 2020. Web. 12 out 2024.