A Conquista Portuguesa da Índia

Artigo

James Hancock
por , traduzido por Yan De Oliveira Carvalho
publicado em 01 julho 2022
Disponível noutras línguas: Inglês, francês, italiano
Ouve este artigo
X
Imprimir artigo

Ao longo do século XV, a Coroa Portuguesa ansiava por uma parte do comércio de especiarias do Extremo Oriente. Durante séculos, esse comércio tinha sido dominado pelos Venezianos que obtinham pimenta, cravo, noz-moscada, gengibre e canela dos seus parceiros comerciais do Oriente Médio, os Mamelucos e os Otomanos.

Vasco da Gama Arriving at Calicut, India
Vasco da Gama Chegando a Calicute, na Índia
Roque Gameiro (Public Domain)

Em 1497, O Rei Manuel I De Portugal (r. 1495-1521) elegeu o nobre Vasco da Gama (c. 1469-1524) para encontrar o caminho para as especiarias. Vasco Da Gama deveria seguir a rota para o Oceano Índico inicialmente desbravado pelo pioneiro Bartolomeu Dias (c. 1450-1500) que tinha aprendido a usar os fortes ventos Orientais do meio do Atlântico para guiar ele e sua tripulação em torno do Cabo da Boa Esperança.

Remover publicidades
Publicidade

A Viagem de Da Gama

Vasco Da Gama partiu no dia oito de julho de 1497 com um esquadrão de quatro bem armados navios, três anos de suprimentos e um armazém cheio de bens baratos para comercializar com o que se presumia ser nativos pouco sofisticados. Infelizmente, em vez da viagem contornar o Cabo da Boa Esperança como previsto, Da Gama foi apanhado no marasmo do Oceano Atlântico central e não conseguiu dar a volta no Cabo. Depois de navegar por 95 dias, ele desembarcou 125 milhas ao Norte do destino na Baía de St. Helena.

O PRIMEIRO DESEMBARQUE DE VASCO DA GAMA FOI na COSTA LESTE DA AFRICA EM MOÇAMBIQUE, no começo DE MARÇO DE 1498.

Até o momento em que eles avistaram terra firme, a maioria da tripulação de Da Gama já estavam em estado de saúde fragilizado com escorbuto - suas mãos e pés grotescamente inchados, e suas gengivas ensanguentadas distendida sobre seus dentes. Escorbuto se tornaria a praga de todas as viagens europeias a Índia e levou a inúmeras mortes. Ninguém escapava dos sintomas depois de alguns meses em alto mar sem frutas frescas e vitamina C. Afortunadamente, os mais saudáveis da tripulação de Da Gama ainda conseguiam emendar as velas, pegar água, e caçar carne fresca permitindo-lhes continuar sua jornada. Durante uma das missões para recolher água, a tripulação teve um encontro desagradável com a tribo local Khoikhoi, no qual Da Gama acabou sendo atingido por uma flecha e sofreu um ferimento leve. Os Portugueses resolveram nunca mais aproximar-se de terra firme sem estar fortemente armados e prontos para "lutar na mínima das provocações" (Crowley,2015).

Remover publicidades
Publicidade

Da Gama posteriormente se direcionou ao restante da Costa Oeste, viajou através dos mares violentos em torno do Cabo da Boa Esperança passando pelo Grande Rio do Peixe (leste de Cabo, África do Sul) onde Dias tinha previamente ancorado, antes de navegar em direção a águas desconhecidas até então pelos Europeus. Em véspera da época natalina, Da Gama batizou com o nome de Natal a que eles estavam passando.

O primeiro desembarque de Vasco da Gama foi na costa leste da África em Moçambique, em início de março de 1498. A princípio, ele teve interações agradáveis com os nativos locais que em contrapartida estavam interessados em comercializar quinquilharias baratas, mas logo o ambiente mudou drasticamente quando ele chegou em seu primeiro assentamento de comerciantes muçulmanos na cidade de Moçambique. O Sultão local se sentiu ofendido pela má qualidade das panelas de latão, bugigangas e roupas que lhe foram oferecidas, e depois de inúmeras brigas, Da Gama fugiu da cidade e contínuo sua viagem ao Norte.

Remover publicidades
Publicidade

Vasco da Gama Portrait
Retrato de Vasco da Gama
Sailko (CC BY)

Enquanto Da Gama se deslocava pela Costa sentido Norte, ele estava surpreendido por achar uma série de cidades-estados ricas e sofisticadas. Ele tinha acabado de tropeçar na região da periferia sudoeste de uma próspera rede de comércio que se alongava desde a África até a Índia, do Sul até a Malásia, e através das ilhas da Indonésia até a China. Ele estava se aventurando em um mundo predominantemente mulçumano que era profundamente mais estratificado, profundo e complexo em que nem nos seus sonhos mais selvagens os Portugueses poderiam ter imaginado.

Da Gama também fez uma descoberta surpreendente que era que os navios comerciantes Muçulmanos estavam desarmados, uma situação totalmente surpreendente para os comerciantes mediterrânicos. Genova e Veneza vinham a muito tempo travando guerras comerciais em alto mar com os Catalães, Espanhóis e Franceses. Da Gama percebeu que qualquer navio Muçulmano que ele se deparasse seria presa fácil e ele poderia levar ouro, prata e itens de comida como também reféns dos navios desarmados.

Da Gama na Índia

Da Gama fez uma breve parada em Mombaça aonde os nativos se mostraram hostis e depois no dia 14 de abril ele chegou a um porto mais amigável que era Malindi, cujo sultão estava em guerra com Mombaça. Da Gama teve a oportunidade de adquirir algumas mercadorias no local, e mais importante, foi beneficiado com um piloto Gujarati, que mostrou aos Portugueses o caminho as Índias através dos ventos monções.

Remover publicidades
Publicidade

Enquanto em Malindi, Da Gama ficou bastante animado quando quatro navios comerciais hindus chegaram de Calcutá, Índia. Ele não conseguia entender completamente o que esses marinheiros estavam tentando falar para ele, mas claramente eles não eram muçulmanos, e ele se convenceu que eles praticavam uma versão de Cristianismo. Os Portugueses mais tarde aprenderiam que eles eram hindus, mas na época Da Gama estava convencido que um reduto de Cristianismo deveria existir nestes mares Muçulmanos.

Portuguese Colonial Empire in the Age of Exploration
O Império Colonial Português na Era das Grandes Navegações
Simeon Netchev (CC BY-NC-ND)

Vasco da Gama partiu de Malindi para a Índia em 24 de abril de 1498 e chegou em Calcutá pouco menos de um mês depois. Aqui ele se deparou com um reinado Hindu, governado pelo Rei de Calcutá, o zamorin ou samoothiri. Quando Da Gama mostrou ao zamorin os presentes que ele tinha trazido, eles foram imediatamente rejeitados, mas depois uma audiência tensa e confusa e demonstrações de força entre ambas as partes, Da Gama foi autorizado a fazer algumas negociações comerciais. Mesmo assim, o zamorin deixou claro que Da Gama pagaria os impostos aduaneiros como qualquer outro comerciante.

Um Da Gama frustrado deixou Calcutá no dia 20 de setembro de 1498, ignorando advertências locais que as monções ainda não tinham mudado de direção. Seus navios subsequentemente ficaram presos no mar pelos ventos calmos e quanto eles finalmente chegaram em Malindi 132 dias mais tarde, sua tripulação mais uma vez se encontravam fragilizados com escorbuto. Tantos haviam morrido que Da Gama não podia mais manobrar todos os seus navios remanescentes, e os mais vazados eram afundados. Seus dois navios remanescentes rodearam o Cabo da Boa Esperança com poucos incidentes e chegaram a Costa Oeste da África em 25 de Abril de 1499. Aqui os navios se separaram e se direcionaram a Portugal por rotas diferentes. Vasco da Gama ficou para trás com seu irmão moribundo em Cabo Verde por um mês e foi o último a chegar em Lisboa em princípios de setembro.

Remover publicidades
Publicidade

Vasco da Gama foi recebido com honrarias pelo Rei por ter aberto a rota marítima para a Índia. Seu sucesso foi atingido com um alto custo de vidas, mas a pequena quantidade de especiarias que ele tinha trazido de volta foi um sinal de futuros grande lucros a Coroa.

Conquista Portuguesa da Índia

No retorno de Da Gama, a Coroa Portuguesa começou uma estratégia naval orquestrada em capturar a força ou por tratado- todas os grandes portos do Oceano Índico. Pedro Álvares Cabral (1467/1468 a c. 1520) foi escolhido para liderar as próximas expedições Índias e ele foi ordenado a persuadir os zamorin de Calcutá a entrar em linha, tomar posse de qualquer navio mercantil "Mouro" que ele se deparasse e trazer de volta a maior quantidade de especiarias que ele conseguisse. Ele também foi encarregado de conduzir um grupo de missionários Franciscano a Calcutá para ajudar aos Hindus obter sua religião em alinhamento com a ortodoxias Católicas.

CABRAL ACRESCENTOU DESCOBERTAS A SUAS MISSÕES QUANDO ELE SE DEVANEIA BEM LONGE E TROPEÇA COM O BRAZIL.

Lhe foi dado a Cabral uma frota de 13 navios, e ele zarpou no dia 9 de março de 1500. Seguindo o novo estabelecido caminho ao oeste pelo Oceano Atlântico, Cabral faz uma nova descoberta durante sua missão quando ele se devaneia bem longe do seu percurso e tropeça com o Brasil. Depois de demorar um tempo para reabastecer com novos mantimentos, ele retorna sua jornada e se direciona ao leste, onde sua frota se depara com uma desagradável tempestade e cinco navios acabam se perdendo.

Os sete navios remanescentes conseguiram contornar o ponto sul da África e se reencontrarem no Canal de Moçambique. Daquele ponto eles se direcionaram sentido Norte pela costa da África até Sofala, Kilwas e Malindi, onde eles conseguiram comida e água doce, e assim continuaram através do Oceano para a Índia, chegando em Calcutá no dia 13 de setembro. Ele chegou carregando um maior número de itens de luxo para os zamorin e cartas de apresentação oficiais do Rei Manuel. Desta vez um tratado comercial foi negociado com sucesso, e ele foi autorizado a estabelecer uma fábrica para processar especiarias.

Tudo estava indo bem quando Cabral decidiu confiscar seu primeiro navio mercante Árabe cheio de especiarias. Em resposta, os Árabes saquearam e mataram mais de 50 soldados Portugueses e a maioria dos padres Franciscanos. Cabral reagiu confiscando outros dez navios Muçulmanos, pirateando suas cargas, matando seus tripulantes e ateando fogo aos navios. E para cúmulo, ele bombardeou a margem de Calcutá durante um dia inteiro e um outro porto próximo. Em 24 de Dezembro, Cabral deixou Calcutá em ruinas e navegou ao sul pela costa em direção a Cochim. Aqui, Cabral se deparou com um ambiente receptivo e teve a chance de comercializar suficiente pimenta e outros bens para abastecer totalmente a capacidade de seus navios. Também lhe foi permitido estabelecer um pequeno posto de comércio.

Cabral foi forçado a deixar Cochim apressadamente em 16 de janeiro de 1501, quando ele ficou sabendo que os zamorin tinham enviado uma flotilha de uns 80 navios para confrontá-lo. Destes ele conseguiu escapar, e após uma última parada amigável em Cannaor ele chegou de volta a Lisboa cinco meses mais tarde em 23 de junho de 1501 como um novo herói. Ele trouxe de volta grandes quantidades rentáveis de pimentas e assim começou a chacoalhar os longos e estabelecidos padrões do comércio entre Índios e Árabes.

Pedro Álvares Cabral
Pedro Álvares Cabral
João Carvalho (CC BY-SA)

Nos próximos cinco anos, Manuel iria despachar uma saraivada de frotas de tamanhos cada vez maiores, um total de 81 navios para garantir sucesso em um eventual embate de vida ou morte por uma posição permanente no Oceano Índico. Foi um esforço nacional supremo que requisitou todos os recursos disponíveis de força militar, construção de navios, suprimentos materiais e visão estratégica para aproveitar uma possível janela de oportunidade antes que a Espanha pudesse reagir. "No processo os Portugueses pegaram totalmente de surpresa tanto a Europa como o povo das Índias " (Crowley, 101).

Da Gama foi escolhido em 1502 para liderar a próxima armada Índica. Lhe foi dado o comando de dez navios, apoiado por duas flotilhas de cinco navios cada uma comandada pelo seu tio e seu sobrinho. Suas ordens explícitas era tomar controle do comércio Índico forçando os sultões da África Ocidental e os zamorin de Calcutá a se curvarem ao poderio português. Isto ele se empenhou em atingir e acabou se tornando um alvoroço perverso de pirataria e massacre. Depois de um bem-sucedido esforço ao redor do Cabo da Boa Esperança, Da Gama começou seu massacre aterrorizando os portos Muçulmanos de cima para baixo na Costa leste africana. A seguir, ele emboscou um navio Árabe lotado de peregrinos, confiscou sua mercadoria e logo depois as colocou em chamas, queimando até a morte centenas de passageiros incluindo mulheres e crianças. Depois ele partiu para Calcutá para forçar um acordo comercial com os zamorin, que primeiramente foram receptivos até que Da Gama exigiu a expulsão de todos os Muçulmanos da cidade.

Para intimidar os zamorin, Da Gama pegou um de seus sumos sacerdotes como refém e o torturou cortando seus lábios e orelhas e costurando um par de olhos de cachorro na sua cabeça. Depois ele bombardeou uma Calcutá desprotegida durante dois dias, pegou mais prisioneiros na baia, cortou seus narizes e orelhas e enviou estas aos zamorin. Os enfurecidos zamorin responderam enviando uma frota enorme para emboscar Da Gama, que foi previamente avisado e fugiu. Ele abasteceu seus barcos com especiarias nos portos amigo de Cochim e Cannanore e deixou a Índia enfurecido, atacando e saqueando vários barcos Muçulmanos pela Costa Malabar a caminho de casa. Da Gama chegou em Lisboa em setembro de 1503 recebido de uma maneira mais fria pelo próprio Manuel I. Ele tinha trazido de volta muitas especiarias e tinha temporariamente interrompido as embarcações Indianas, mas outra vez ele fracassou em levar os zamorin a submissão, mesmo usando barbáries extremas.

O Primeiro Vice-Rei da Índia Portuguesa

Em 1505, o Rei Manuel I decidiu que era o momento para estabelecer uma presença permanente no Oceano Índico, e Francisco de Almeida foi nomeado o primeiro Vice-Rei da Índia Portuguesa. Almeida estava encarregado de construir fortalezas e postos de comércio por toda a costa Ocidental da África e nas costas Indianas como também de dificultar o comércio Muçulmano em Calcutá. Lhe foi dado uma força principal de 22 navios, 1000 marinheiros, e 1500 soldados para realizar o trabalho.

Depois de contornar o Cabo da Boa Esperança, Almeida começou sua missão devastando o Leste da África, atacando e saqueando Quilóa, queimando Mombasa e Moçambique, conseguindo tomar o controle de uma área total de 1,000 milhas da costa leste da África. Depois ele embarcou para Índia, abandonando uma guarnição de 550 homens em Quilóa. Em 13 de Setembro, Almeida parou perto da ilha de Anjediva, onde ele construiu sua primeira fortaleza, e depois viajou para Cananor onde ele construiu um outro forte e deixou uma força de 150 homens e dois navios.

Portuguese Nobles in India
Nobres Portugueses na Índia
Unknown Artist (Public Domain)

A seguir Almeida navegou para Cochim, e para o seu espanto, ele descobriu que os comerciantes que tinham ficado no local por Cabral haviam sido mortos. Ele revidou mandando o seu próprio filho Lourenço com seis navios a Baía de Quilon onde ele destruiu 27 navios. Ao deixar o local, Lourenço se deparou com uma enorme flotilha enviado pelo os zamorin para confrontá-lo e claramente os destruiu, matando entre 3,000 e 4,000 homens e afundando 200 a 300 navios.

A guerra Naval Portuguesa-Mameluco

Enquanto mais e mais navios Árabes eram destruídos pelos Portugueses em baías Indianas, o desespero cresceu entre os Mameluco e Venezianos em como salvar sua lucrativa rede de comércio. Finalmente em 1505, o Sultão Qnasuh al-Ghuri encomendou a construção de uma frota para lutar contra os Portugueses. A frota foi finalizada em novembro sobre a liderança de Amir Husain Al-Kurdi, ela saiu de Suez e chegou em Diu em 1507, onde se uniu a forças Indianas locais e acabou surpreendendo uma frota bem menor de Lourenço na batalha de Chaul, afundando seis dos oitos navios e matando o filho do Vice-Rei.

O governador da cidade de Meliqueaz escreveu para o Vice-Rei tentando apaziguá-lo dizendo que o seu filho tinha lutado honradamente, mas um Almeida furioso escreveu de volta que "...em Chaul você lutou contra meu povo, e matou um homem que era chamado de meu filho, e eu venho com esperança em Deus do céu para tomar revanche neles e nos que os ajudam" (Crowley, 227).

O Vice-Rei juntou suas forças, e no dia 2 de fevereiro de 1509, ele dizimou a colisão Egípcia-Indiana e mandou enforcar e queimar com vida ou desmembrar a maioria dos Egípcios capturados. Meliqueaz foi forçado a se render, pagar um tributo alto e devolver seus reféns em boa saúde. Os remanescentes da frota Egípcia voltaram para o Egito, e os Mamalucos nunca mais voltaram a desafiar realmente os Portugueses.

Albuquerque Assume o Controle

Almeida tinha tido sucesso estabelecendo o poderio marítimo português no Oceano Índico, mas uma base naval segura não tinha sido estabelecida. Uma base central naval era precisa onde os Portugueses pudessem manter uma frota permanente para controlar todos as passagens do Oceano Índico. Este trabalho caiu nas mãos de Alfonso de Albuquerque (1453-1515), que substituiu Almeida como Vice-Rei em 1509 depois de uma breve briga por poder. Ele estabeleceu a Goa Portuguesa na Costa de Malabar que tinha uma boa baía, uma indústria de construção naval ativa e era um centro de comércio relevante.

Afonso de Albuquerque
Afonso de Albuquerque
Unknown Artist (Public Domain)

Muito antes que Albuquerque pudesse começar a executar este grande plano, outra frota chegou no Oceano Índico sobre o comando do Marechal Fernão Coutinho, com instruções específicas para derrubar os zamorin de Calcutá. Albuquerque relutantemente se uniu a este esforço com consequências desastrosas. Em um ataque direto a cidade, as forças unificadas de Coutinho e Albuquerque tomou e saqueou o palácio dos zamorins, mas os nativos a combateram em uma sangrenta luta de rua, matando Coutinho e seriamente ferindo Albuquerque. Somente um pequeno grupo de sobreviventes Portugueses foram capazes de fugir da cidade, e mais uma vez os Portugueses tinham fracassado em submeter os zamorin. Os Portugueses continuariam a lutar contra as forças dos zamorin de Calcutá pelo próximo século.

Milagrosamente recuperado de seus ferimentos, Albuquerque voltou a seu plano original alguns meses mais tarde e uniu forças com os nativos Hindus em 1510 para tomar Goa do Sultanato de Bijapur. Ele teve o suporte de Timoji, um pirata Hindu que comandava uma força de 2000 homens. Goa permaneceria a capital do Império Colonial Português ao leste do Cabo da Boa Esperança, o Estado da Índia até 1961.

O Legado Português

Além de suas bem-sucedidas conquistas da Índia e a África Ocidental, Os Portugueses baixo o comando de Albuquerque tentaram tomar todas as principais rotas comerciais do Leste através das conquistas das principais cidades Muçulmanas de Ormuz, Malaca e Áden. Ormuz estava situada na entrada do Golfo Persa pelo qual comerciantes transportavam especiaria ao Oriente Médio, Áden estava na base do Mar Vermelho e servia como o portal de especiaria ao Egito, e Malaca na ponta da Península Malay e servia como a porta de entrada a Baia de Bengali, As Ilhas das Especiarias e a China.

Albuquerque liderou missões que foram bem-sucedidas em controlar Ormuz e Malaca, mas ele não foi capaz de assegurar Áden. Comerciantes Muçulmanos iriam aproveitar este vácuo no Império português do Oceano Índico para continuar a transportar especiarias através do Mar Vermelho até o Egito Muçulmano, onde eles continuaram a comercializar com os Venezianos. Os Portugueses chegariam a dominar o comércio de especiarias no Norte da Europa, mas os Venezianos manteriam para si a maioria das suas rotas comerciais do Leste.

Remover publicidades
Publicidade

Perguntas e respostas

Os portugueses conquistaram a Índia?

Os Portugueses conquistaram vários postos de comércio na Costa de Malabar e fundaram um aparato administrativo conhecido como o Estado da Índia para governar as colônias ao Este do Cabo da Boa Esperança com sua capital na cidade de Goa.

Quando que os Portugueses conquistaram a Índia?

A exploração portuguesa da Índia começou com a viagem de Vasco da Gama em 1497, mas várias outras frotas foram despachadas nos anos seguintes para estabelecer uma presença portuguesa permanente na Índia. O primeiro vice-rei português foi nomeado em 1505.

Bibliografia

A World History Encyclopedia é um associado da Amazon e recebe uma comissão sobre as compras de livros elegíveis.

Sobre o tradutor

Yan De Oliveira Carvalho
Yan de Oliveira Carvalho nasceu na cidade do Rio de Janeiro, Brasil. Ele possui um Bacharel em Administração de Empresas pela Universidade Estadual da Pensilvânia. Ele atualmente mora no Rio de Janeiro e trabalha como tradutor Profissional de Inglês, Espanhol e Francês para o Português.

Sobre o autor

James Hancock
James F. Hancock é um escritor freelancer e professor emérito da Michigan State University. Possui especial interesse na pesquisa da evolução da cultura agrícola e história do comércio. Seus livros incluem "Spices, Scents and Silk" (CABI) e "Plantation Crops" (Routledge).

Citar este trabalho

Estilo APA

Hancock, J. (2022, julho 01). A Conquista Portuguesa da Índia [The Portuguese Conquest of India]. (Y. D. O. Carvalho, Tradutor). World History Encyclopedia. Recuperado de https://www.worldhistory.org/trans/pt/2-2025/a-conquista-portuguesa-da-india/

Estilo Chicago

Hancock, James. "A Conquista Portuguesa da Índia." Traduzido por Yan De Oliveira Carvalho. World History Encyclopedia. Última modificação julho 01, 2022. https://www.worldhistory.org/trans/pt/2-2025/a-conquista-portuguesa-da-india/.

Estilo MLA

Hancock, James. "A Conquista Portuguesa da Índia." Traduzido por Yan De Oliveira Carvalho. World History Encyclopedia. World History Encyclopedia, 01 jul 2022. Web. 06 dez 2024.