Amor, Sexo e Casamento na Roma Antiga

Artigo

Joshua J. Mark
por , traduzido por Ricardo Albuquerque
publicado em 31 Agosto 2020
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Disponível noutras línguas: Inglês, francês, italiano

O amor, sexo e casamento na Roma antiga eram definidos pelo patriarcado. Como chefe da família, o pai (pater familias) tinha completo controle sobre as vidas de sua esposa, crianças e escravos. Este paradigma era justificado, em parte, por uma das histórias relacionadas ao mito de fundação de Roma, na qual os semideuses Rômulo e Remo discutem, Rômulo mata Remo e então funda a cidade de Roma em 753 a.C..

Logo após este evento (ou pouco antes), os romanos atacaram tribos vizinhas e tomaram suas mulheres, o famoso Rapto das Sabinas. As tribos organizaram um contra-ataque para recuperar as mulheres sequestradas, mas uma delas - Hersília, que tinha se tornado esposa de Rômulo - defendeu a ação romana e encorajou as demais a fazer o mesmo para prevenir mortes desnecessárias. Se a história reflete um evento histórico real, então apresenta um paradigma do relacionamento homem-mulher na Roma antiga: os homens detinham o poder e as mulheres reconheciam o fato e reagiam de acordo. A estrutura social, formada a partir da religião e tradição, ditava que homens faziam as regras e as mulheres precisavam obedecê-las.

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Sex in Pompeii
Sexo em Pompeia
CFCF (Public Domain)

Este era o paradigma do amor, sexo e casamento na Roma antiga e, embora certamente existam exceções, as evidências sugerem fortemente que a maioria dos casais adotava este modelo. O amor romântico, ainda que reconhecido e enaltecido pelos poetas, tinha pouca importância em muitos casamentos, ainda que existam exemplos de casamentos sólidos, baseados em amor mútuo e respeito. Sexo, como uma expressão de amor passional, é frequentemente associado com casos extraconjugais, mas deve ter sido um importante componente em muitos casamentos. O matrimônio era considerado o alicerce da sociedade. Em muitos casos - entre as classes mais altas - tratava-se de uma espécie de transação de negócios, na qual o propósito do sexo era produzir crianças. O amor romântico dentro do casamento era um luxo que alguns poderiam usufruir mas muitos outros, aparentemente, não teriam como experimentar.

Amor na Roma Antiga

Muito do que é conhecido sobre o amor na Roma antiga vem de poetas que enaltecem mulheres ou rapazes com os quais se envolveram sexualmente, usualmente num caso extraconjugal.

Ainda que o amor romântico entre maridos e esposas seja atestado em cartas, inscrições e epitáfios, muito do que é conhecido sobre o amor na Roma antiga vem de poetas que enaltecem mulheres ou rapazes com os quais se envolveram sexualmente, em geral num caso extraconjugal da parte de um deles ou de ambos. Neste sentido, o poeta mais famoso é Catulo (v. c. 85-c. 54 a.C.), cuja obra que sobreviveu inclui 25 poemas dedicados à sua amante Lésbia, pseudônimo de uma mulher chamada Clódia, esposa do estadista Quinto Cecílio Metelo Céler (v. c. 100-59 a.C.).

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Metelo Céler e Clódia, um casal infeliz que brigava em público com frequência, não mostrava nenhum sinal da paixão que ela experimentava com seu amante. Os poemas de Catulo a Lésbia expressam a mais alta adoração e a esperança de que ela deixará seu marido e viverá com ele para sempre. No Poema 5 ele escreve:

Lésbia, vamos viver, amar e ser

Surdos às vis tolices dos velhos tolos e feios;

O sol pode nascer a cada dia mas quando nossa

Estrela não aparece, nossa noite, ela deve durar para sempre.

Dê-me mil beijos e mais cem,

Outros mil e, novamente, mais cem;

Após estes milhares de beijos apaixonados, deixe-nos

Perder o rumo; em nosso olvido, evitaremos

Os olhos vigilantes dos estúpidos, maléficos ignorantes

Famintos para descobrir

Quantos beijos nos beijamos.

As esperanças de Catulo foram em vão, porém, já que Clódia não seria capaz de se divorciar de seu marido por outro homem. O divórcio era uma opção social aceitável e poderia ser invocado por qualquer dos cônjuges, mas as justificativas precisavam atender normais sociais, tais como infertilidade da esposa ou abuso e negligência por parte do marido. O adultério seria uma alegação válida para o divórcio, mas não por parte de uma esposa envolvida num caso extraconjugal. Após Augusto César (r. 27 a.C.-14 d.C.) assumir o poder, ele promulgou leis referentes ao adultério que poderiam ter permitido a Metelo Céler matar tanto Clódia quando seu amante.

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Erotic Fresco in the Lupanar of Pompeii
Afresco Erótico no Lupanar de Pompeia
Carole Raddato (CC BY-NC-SA)

Outros poetas, como Ovídio (v. 43 a.C.-17 d.C.), expressaram sentimentos similares por amantes casadas/casados ou de alguma forma inatingíveis. Alguns dos poucos poemas referentes ao amor romântico que diferem deste paradigma são de autoria de uma poetisa solteira romana cuja obra sobreviveu: Sulpícia, filha do autor e jurista Sérvio Sulpício Rufo (c. 106-43 a.C.). Sulpícia dedica seus poemas de amor a seu namorado, a quem chama de Cerinto, quase certamente um pseudônimo, já que ela admite que sua família não o aprova. Mesmo assim, Sulpícia vive na esperança de que estarão juntos algum dia. No Poema 1, ela expressa seus sentimentos sobre o início do relacionamento:

Finalmente estou apaixonada.

Este é o tipo de amor que, se mantido oculto, vai manter minha reputação

Pois revelá-lo a alguém provavelmente vai prejudicá-la.

Rezei a Vênus com meu talento poético e ela o trouxe

E o abandonou em meu peito.

Vênus cumpriu seu lado do acordo;

Agora deixe-me contar meu lado da história para que todos possam saber.

Não quero colocá-lo em documentos selados que somente meu amado possa ler.

É ótimo ir contra a corrente

Pois é cansativo para uma mulher precisar constantemente se adaptar para manter sua reputação.

Quero somente ser considerada merecedora do meu merecido amor. (Harvey, 77)

Infelizmente, como os poemas posteriores deixam claro, a relação não foi durou porque Cerinto foi infiel. A poetisa o critica por fazê-la se sentir como uma tola, quando ele claramente está "mais preocupado com aquela prostituta barata em seu vestido vagabundo do que com Sulpícia, a filha de Sérvio!" (Poema 4, Harvey, 77). O que aconteceu com Sulpícia posteriormente é desconhecido mas, se mantido o paradigma do patriarcado romano, ela provavelmente acabou se casando com algum jovem que seu pai aprovava. O estudioso Brian K. Harvey comenta a condição feminina na Roma antiga e como suas vidas eram definidas em relação aos homens:

Em contraposição às virtudes masculinas, as mulheres eram louvadas por sua vida doméstica e matrimonial. Suas virtudes incluíam fidelidade sexual (castitas), senso de decência (pudicitia), amor pelo marido (caritas), harmonia matrimonial (concordia), devoção à família (pietas), fertilidade (fecunditas), beleza (pulchritude), jovialidade (hilaritas) e felicidade (laetitia)... Como demonstrado pelo poder do paterfamilias, Roma era uma sociedade patriarcal. (59)

Maridos, ou homens em geral, não mantinham estes padrões de virtude, o que era tanto verdade em relação ao sexo quanto aos outros aspectos da relação homem-mulher.

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Sexo na Roma Antiga

Estes relacionamentos eram definidos pelos pares de doze deuses, conhecidos em conjunto como Dii Consentes (também citado como Dei Consentes), ou Deuses Harmoniosos, que modelavam o comportamento sexual e matrimonial apropriado para os seres humanos. Os seis casais divinos eram:

  • Júpiter e Juno
  • Netuno e Minerva
  • Marte e Vênus
  • Apolo e Diana
  • Vulcano e Vesta
  • Mercúrio e Ceres

A religião era patrocinada pelo estado - o estado honrava os deuses e estes abençoavam o estado - e, portanto, a adesão aos modelos divinos era considerada vital para o vigor e prosperidade de Roma. O melhor exemplo disso são as Virgens Vestais, mulheres que serviam à deusa Vesta e permaneciam castas enquanto estivessem a seu serviço. O modelo dos Dii Consentes dava primazia para os deuses masculinos, que eram livres para se dedicar a casos extraconjugais, ao contrário de seus consortes femininos; isso estabelecia o paradigma para as relações sexuais em Roma.

Vestal Virgin, British Museum
Virgem Vestal, Museu Britânico
Carole Raddato (CC BY-SA)

Vesta (a mais famosa das deusas virgens) e as outras divindades femininas mantinham sua virtude e honravam seus consortes, mas seria considerado efeminado para os deuses masculinos fazer o mesmo. Os homens eram livres e quase esperava-se que tivessem casos extraconjugais com mulheres, jovens rapazes e outros homens, desde que seus parceiros não fossem cidadãos romanos de nascimento. O sexo era visto como um aspecto da vida normal e natural e não havia distinção entre sexo hetero ou homossexual, que poderia ser desfrutada desde que por livre vontade dos participantes. Não havia sequer um reconhecimento linguístico do conceito de homossexualidade como diferente da heterosexualidade. Os festivais, tais como a Lupercalia (que celebrava a fertilidade), incluíam exibições abertas de sexualidade e as prostitutas recebiam lugares de honra. O estado só se envolvia em questões sexuais quando as escolhas ameaçavam o status quo. Havia quatro escolhas/atos centrais referentes à sexualidade que, se violados ou realizados, poderiam requerer ação legal:

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  • Castitas - referente a mulheres que tivessem escolhido uma vida de castidade (tais como uma Virgem Vestal) e não poderiam reverter esta decisão sem penalidades severas, usualmente a morte.
  • Incestum - violação de um membro da família, cidadão romano de nascimento, Virgem Vestal ou qualquer outro indivíduo que tivesse escolhido permanecer casto.
  • Raptus - sequestro ou abdução com intenção clara ou oculta de se engajar em relações sexuais. Raptus aplicava-se mesmo aos que fossem de livre e espontânea vontade com seus "captores" - como uma jovem que tivesse escolhido fugir - porque eles não teriam o consentimento do pai.
  • Stuprum - estupro ou conduta sexual inadequada que poderia incluir, por exemplo, um caso extraconjugal com cidadãos romanos de nascimento de ambos os gêneros.

Com exceção das infrações relacionadas a estes costumes e tabus sociais, os cidadãos romanos estavam livres para qualquer tipo de atividade sexual que desejassem. Quaisquer problemas entre parceiros deveriam ser resolvidos pelos próprios. Se um casal estivesse em desacordo - com relação a uma questão sexual ou qualquer outra - eles recorriam à deusa Viriplaca (um aspecto de Juno cujo nome significa literalmente "aplacadora de homens") em seu templo, na Colina Palatina, para buscar uma solução. Marido e esposa explicariam então seus problemas a uma conselheira matrimonial-sacerdotisa e eles seriam resolvidos, embora com mais frequência em favor do marido do que o contrário.

Os maridos frequentemente visitavam prostitutas em bordéis ou as encontravam em festas e festivais. A prostituição, masculina e feminina, era não somente legal mas considerada um aspecto da sociedade tão natural quando empregar pessoas para varrer as ruas e limpar as latrinas. Tais profissionais eram, como seria de se esperar, vistos como indivíduos de baixa extração, assim como dançarinos, atores, gladiadores e cantores de ambos os gêneros. A condição social respeitável estava reservada para aqueles que se encaixavam perfeitamente dentro do paradigma da hierarquia social, e estas pessoas eram sempre casadas.

Matrimônio na Roma Antiga

Não existia uma cerimônia de casamento tal como as que existem atualmente. Para ser legal, o casamento precisava ocorrer entre dois cidadãos romanos que consentissem, mas este "consentimento" não era sempre dado livremente. Se um pai arranjasse um casamento para seu filho ou filha, a menos que fosse incrivelmente leniente, era esperado o acordo fosse cumprido, mesmo que os noivos não o quisessem. Havia três tipos de matrimônio reconhecidos como uma união legal em Roma:

  • Confarreatio (literalmente "com espelta" [tipo de trigo]) - O típico casamento patrício, caracterizado por uma cerimônia na qual um bolo de espelta e pão era compartilhado. Também conhecido como um casamento manus (mão) porque a noiva era concedida pela mão do pai para a do noivo.
  • Coemptio ("por aquisição") - um casamento plebeu, no qual alguém adquiria uma noiva da família desta por quaisquer meios.
  • Usus ("experiência" ou "uso") - um casamento plebeu reconhecido pela longa coabitação por ambos os parceiros.

A descrição a seguir de um casamento romano está de acordo com a tradição do confarreatio.

Antes do matrimônio, consultavam-se os presságios na casa do pai da noiva, decorada com flores e tapeçarias. Se os presságios fossem bons, a cerimônia poderia prosseguir. A noiva e o noivo eram trazidos para um aposento público da residência no qual os convidados pudessem se reunir. Estas cerimônias geralmente ocorriam logo após o nascer do Sol, simbolizando a nova vida que o casal estava iniciando.

Artist's Impression of a Roman Wedding
Representação Artística de um Casamento Romano
Mohawk Games (Copyright)

Dez testemunhas eram requeridas para que a união fosse reconhecida legalmente. Embora houvesse um sacerdote presente, ele não oficiava. Uma matrona daria um passo adiante e juntaria as mãos do casal. A noiva então recitaria um juramento estabelecido: "Quando e onde você estiver, Caio, então e lá eu estarei, Gaia" (Nardo, 76). O juramento, que era sempre o mesmo, independente dos nomes do casal, simbolizava a noiva entrando na casa do noivo. O casal se sentaria lado a lado, enquanto uma oferenda era feita pelo sacerdote a Júpiter (ou, mais tarde, para Juno). A seguir, eles compartilhariam um bolo de espelta, concluindo a cerimônia.

Roman Marriage Ceremony
Cerimônia de Casamento Romana
The Trustees of the British Museum (CC BY-NC-SA)

Depois os recém-casados seriam cumprimentados e outros rituais eram realizados para trazer sorte e um matrimônio feliz. Os convidados participariam então de um grande banquete, que seria concluído com cada um deles recebendo um pedaço do bolo de casamento para levar para casa. O grupo acompanharia os recém-casados para seu novo lar (ou para a casa do pai do noivo). O cortejo é descrito pelo estudioso Harold W. Johnson:

[O cortejo] era uma festividade pública, ou seja, qualquer um poderia se juntar ao grupo e tomar parte na alegria que o caracterizava; conta-se que mesmo as personalidades públicas não tinham escrúpulos em esperar na rua para ver uma noiva. À medida que a noite se aproximava, o cortejo estava formado diante da casa da noiva, com portadores de tochas e tocadores de flauta à frente. Quando tudo estava pronto, o hino do casamento era cantado e o noivo pegava a noiva, com uma demonstração de força, dos braços de sua mãe. Os romanos viam neste costume uma reminiscência do Rapto das Sabinas, mas ele provavelmente existia muito antes da fundação de Roma como a prática do casamento por captura que prevalecia entre tantos povos. A noiva então ocupava seu lugar no cortejo. (Nardo, 78)

A noiva, enquanto caminhava, deixaria cair uma moeda dedicada aos espíritos das ruas (uma oferenda para trazer sorte em sua trajetória no casamento) e daria duas moedas ao seu novo marido, uma para honrá-lo pessoalmente e a outra destinada aos espíritos do lar dele. Durante a caminhada do casal, o noivo atirava nozes e doces para a multidão e o povo que vinha atrás fazia o mesmo com eles (um ritual relembrado nos dias atuais pelo hábito de se jogar arroz nos noivos em casamentos) até que eles chegassem ao lar dos recém-casados.

O divórcio era aceitável, não havia estigma atrelado a ele e um novo matrimônio era não somente aceitável mas esperado.

Uma vez lá, o noivo iria segurar sua nova esposa nos braços e carregá-la para dentro da residência. Johnston sugere que isso pode ter sido "outra lembrança do casamento por captura" (Nardo, 79). Outras explicações podem ser evitar que a noiva tropeçasse e caísse ou, mais provavelmente, um gesto simbólico para deixar para atrás sua vida anterior, conduzindo-a com segurança para uma nova existência. Os amigos mais íntimos e a família eram então convidados para o interior da residência, na qual o marido oferecia à sua nova esposa fogo e água, elementos essenciais do lar, e ela acendia pela primeira vez a lareira. Em seguida haveria mais festas até que os recém-casados se retirassem para a noite de núpcias.

A idade legal mínima para uma menina se casar era 12 anos e, para os meninos, 15 anos, mas a maioria dos homens casava-se mais tarde, por volta de 26 anos. Isso acontecia por causa da crença de que os homens eram mentalmente instáveis entre 15 e 25 anos. Acreditava-se que seriam inteiramente governados por suas paixões e incapazes de fazer julgamentos sensatos. Já as meninas, conforme as mesmas crenças, amadureceriam mais cedo do que os homens (um fato aceito nos dias atuais) e, portanto, estariam prontas para as responsabilidades do casamento, nos quais eram em geral mais jovens do que o noivo - em muitos casos, consideravelmente mais.

Conclusão

O matrimônio era, tecnicamente, ao menos, monógamo mas o divórcio era aceitável, sem nenhum estigma atrelado a ele, e um novo casamento não somente era aceitável como esperado. Durante o período da República Romana (509-27 a.C.), o divórcio era menos comum do que no Império (27 a.C.-476 d.C.). A instituição do casamento tornou-se impopular no início do império. A taxa de natalidade caiu e Augusto precisou promulgar leis assegurando privilégios especiais para casais que produzissem pelo menos três crianças.

Fresco, Pompeii
Afresco de Pompeia
Mary Harrsch (Photographed at the Museo Archaeologico Nazionale di Napoli) (CC BY-SA)

Ainda que o matrimônio fosse entendido mais como um contrato social do que uma expressão de amor e respeito, houve, sem dúvida, muitos casamentos por amor. A morte da esposa numa união deste tipo é relatada por Plínio, o Jovem (61-c. 113 d.C.) numa carta a um amigo:

Nosso amigo Macrino sofreu um duro golpe. Ele perdeu sua esposa, uma mulher de caráter exemplar ... Foi casado com ela por trinta e nove anos sem brigas ou ofensas. Esta mulher tratava seu marido com o maior dos respeitos e de fato merecia o mesmo em retorno. Tantas e tão grandes eram as virtudes que ela personificou em cada estágio de sua vida! Na verdade, Macrino consola-se por ter tido algo tão bom por tanto tempo. Porém, estou certo de que, pela mesma razão, ele sofre ainda mais, porque sabe o que perdeu. (Carta 8.5, Harvey, 50)

Embora o patriarcado romano controlasse como o casamento era definido e conduzido, e dos homens fosse esperado que tivessem seus divertimentos extramatrimoniais, havia ainda espaço para relacionamentos honestos e amorosos entre maridos e mulheres, baseados em respeito mútuo e afeto. As mulheres podem não ter tido o tipo de igualdade que mereciam, mas muitas eram capazes de viver suas vidas de forma satisfatória e gratificante e, com frequência, no conforto da admiração, respeito e amor de seus maridos.

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Sobre o tradutor

Ricardo Albuquerque
Ricardo é um jornalista brasileiro que vive no Rio de Janeiro. Seus principais interesses são a República Romana e os povos da Mesoamérica, entre outros temas.

Sobre o autor

Joshua J. Mark
Escritor freelance e ex-professor de filosofia em tempo parcial no Marist College, em Nova York, Joshua J. Mark viveu na Grécia e na Alemanha e viajou pelo Egito. Ele ensinou história, redação, literatura e filosofia em nível universitário.

Citar este trabalho

Estilo APA

Mark, J. J. (2020, Agosto 31). Amor, Sexo e Casamento na Roma Antiga [Love, Sex, & Marriage in Ancient Rome]. (R. Albuquerque, Tradutor). World History Encyclopedia. Obtido de https://www.worldhistory.org/trans/pt/2-1592/amor-sexo-e-casamento-na-roma-antiga/

Estilo Chicago

Mark, Joshua J.. "Amor, Sexo e Casamento na Roma Antiga." Traduzido por Ricardo Albuquerque. World History Encyclopedia. Última modificação Agosto 31, 2020. https://www.worldhistory.org/trans/pt/2-1592/amor-sexo-e-casamento-na-roma-antiga/.

Estilo MLA

Mark, Joshua J.. "Amor, Sexo e Casamento na Roma Antiga." Traduzido por Ricardo Albuquerque. World History Encyclopedia. World History Encyclopedia, 31 Ago 2020. Web. 27 Abr 2024.